A Copel e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) estão desenvolvendo um sistema para prever os impactos de temporais no fornecimento de energia elétrica nas áreas de concessão da empresa no estado. Baseado em inteligência artificial (IA), o projeto está na fase final de desenvolvimento e deve ficar pronto até o início do próximo período de chuvas, que começa em outubro.
Segundo a Copel, o programa pode ajudar a empresa a disponibilizar reforços, organizar a logística necessária de atendimento, realizar estratégias e o planejamento para o restabelecimento da energia com brevidade em situação de intempéries climáticas.
“Essa é uma ferramenta muito promissora, porque ajuda a companhia a se preparar para restabelecer o fornecimento de energia com mais rapidez em caso de temporais. Na Copel, estamos empenhados em, por um lado, investir em projetos que minimizem o impacto ao meio ambiente e, por outro, nos prepararmos para, diante do impacto dos fenômenos já existentes, garantir o fornecimento de energia com qualidade à população”, disse o presidente da empresa, Daniel Slaviero.
As previsões são feitas com base no histórico de tempestades coletados nas estações, satélites e radares meteorológicos do Simepar em todas as regiões paranaenses. O histórico é cruzado com os dados de desligamentos realizados na rede da Copel nos últimos anos.
Ao mesclar os antecedentes, o sistema determinar os padrões das tempestades, indicar onde e como elas podem provocar desligamento e estima qual o tempo de duração do impacto, que é divido entre curto (1 a 3 horas) e médio (1 a 5 dias).
O programa também processa informações sobre diferentes variáveis climáticas e indica o número de imóveis que podem ficar sem energia por região, por município e por área de atendimento da Copel.
De acordo com a empresa, ao trabalhar esse conjunto de dados, o sistema IA aprende com acertos e erros, ajudando a Copel a aprimorar sua preparação para o atendimento de contingências.
“Em situações de maior risco, o sistema emite alertas que indicam a previsão do número de consumidores que pode ficar sem energia e a área que será atingida. Além disso, os alertas apontam se o evento será localizado ou se há possibilidade de alcançar uma área mais ampla”, explicou Marcos Vinícius de Oliveira Cardoso, gerente de pós-operação da companhia e líder do projeto.
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