A Enel Distribuição São Paul teve prejuízo líquido de R$ 58,6 milhões no segundo trimestre do ano, ante lucro de R$ 131,3 milhões obtido no mesmo intervalo de 2019. O resultado é reflexo da queda de 15% da energia distribuída no período causada, principalmente, pelos efeitos da pandemia do covid-19.
O volume total de energia distribuída, incluindo mercados livre e cativo, caiu 15% no período, para 9.251 GWh. Apenas no mercado cativo, a baixa foi de 14,7% e, no livre, houve redução de 16%. O número de unidades consumidoras caiu 1,6% no período, refletindo a redução da classe residencial por causa da leitura pela média, que não considera clientes autorreligados.
A receita líquida da companhia caiu 0,5% no trimestre, para R$ 3,33 bilhões. O resultado antes de lucro, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 54,1%, para R$ 236,1 milhões.
Os indicadores de frequência (FEC) e duração (DEC) das interrupções no fornecimento apresentaram melhora de, respectivamente, 14,7% e 23,5% no trimestre, se mantendo abaixo dos limites regulatórios globais para 2020.
As perdas de mercado, porém, subiram 6,28%, para 10,15% da energia total distribuída. Segundo a companhia, isso aconteceu pelo aumento da agressividade de perdas ocasionada pela Covid-19, além da redução da energia injetada.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa tiveram aumento de 85,4% no período, para R$ 140 milhões, refletindo sobretudo a pandemia do covid-19 e a suspensão dos cortes por inadimplência determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pela resolução normativa 878/2020.
Rio e Ceará
A Enel também divulgou ontem os resultados das distribuidoras do Ceará (antiga Coelce) e Rio (antiga Ampla).
Na Enel Rio, a energia distribuída recuou 8,1% no primeiro semestre de 2020, para 5.590 GWh. A companhia teve lucro líquido de R$ 49,6 milhões no período, queda de 1% na base anual.
No Ceará, o lucro líquido do semestre caiu 16,3%, para R$ 108,8 milhões. A energia distribuída caiu 5,7%, para 5.593 GWh.