A energia distribuída pelas concessionárias da EDP Brasil cresceu 1,7% no quarto trimestre do ano passado, para 6.477 GWh.
Considerando apenas o mercado cativo, o aumento foi de 2,5%, para 3.613 GWh, refletindo, principalmente, a boa performance da EDP Espírito Santo (antiga Escelsa). No mercado livre, a energia distribuída no quarto trimestre do ano cresceu 0,7%, para 2.863 GWh, desta vez devido ao desempenho da EDP São Paulo (antiga Bandeirante).
Segundo a companhia, o resultado positivo o trimestre reflete o efeito positivo da recuperação da atividade do comércio varejista, condições climáticas e maior número d dias médios faturados, apesar da contração da produção industrial.
Em relatório, o Credit Suisse destacou que o resultado operacional das distribuidoras da companhia foi superior ao previsto pelo banco, de um aumento de 1,3% no trimestre.
A energia total distribuída pela EDP São Paulo cresceu 2,7%, para 3.853 GWh. No mercado cativo, o aumento foi de 0,3% (para 2.051 GWh), enquanto no livre houve aumento de 5,5% no período (para 1.907 GWh). As altas temperaturas do período ajudaram no desempenho da distribuidora, assim como a expansão do número de clientes.
Na EDP Espírito Santo, a energia total distribuída ficou estável em 2.518 Gwh. No mercado livre, houve baixa de 7,8%, para 956,3 GWh. Já o mercado cativo cresceu 5,4% no período, para 1.562 GWh. O consumo de energia na região ainda não se recuperou dos desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado.
Em 2019, a energia total distribuída pela EDP Brasil cresceu 2,3%, para 25.591 GWh. No mercado livre, houve aumento de 1,9%, para 11.389 GWh. No cativo, a expansão no ano foi de 2,7%, para 14.202 GWh.
No segmento de geração, a venda de energia cresceu 31,4%, para 5.646 GWh. O crescimento aconteceu por causa da estratégia de sazonalização das hidrelétricas do grupo, cuja venda subiu 63,7% no período, para 3.600 GWh. O GSF médio no trimestre foi de 68,8%, equivalente a 628,5 GWh, ao PLD médio de R$ 272,8/MWh.
“Apesar de acreditarmos que os resultados operacionais da EDP no quarto trimestre devem se traduzir em bons resultados financeiros das as distribuidoras do grupo, acreditamos que isso já foi antecipado, parcialmente, pelo mercado”, diz o relatório do Credit Suisse, assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Luis Lima. Os impactos do GSF, contudo, devem impactar negativamente o resultado da companhia