Distribuição

Enel coloca distribuidora do Ceará à venda para focar no Rio e em São Paulo

Com o intuito de concentrar seus investimentos nas redes de distribuição das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, a italiana Enel informou nesta terça-feira, 22 de novembro, que pretende vender os ativos do Ceará.

Enel coloca distribuidora do Ceará à venda para focar no Rio e em São Paulo

Com o intuito de concentrar seus investimentos nas redes de distribuição das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, a italiana Enel informou nesta terça-feira, 22 de novembro, que pretende vender os ativos do Ceará.

A informação foi divulgada durante um evento realizado pela Enel para atualizar seu plano de investimentos e estratégia para o período de 2023 a 2025, que inclui ainda a saída dos mercados da Romênia, Peru e Argentina.

Em 2022, a companhia vendeu a distribuidora de energia Enel Goiás, além da Termofortaleza, usina termelétrica a gás localizada em Caucaia (CE), com capacidade instalada de 327 MW. O próximo passo será a venda da Enel Ceará, distribuidora de energia do estado.

Nas suas operações globais, o grupo pretende investir 37 bilhões de euros entre 2023 e 2025, sendo que deste total, 60% serão direcionados aos negócios de geração e serviços aos clientes, e 40% para os negócios de redes de distribuição e transmissão, segmentos que a companhia entende que vão contribuir com a transição energética. 

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Além dos investimentos, a italiana reposicionar seus negócios, o que envolve vendas de ativos da ordem de 21 bilhões de euros, para ajudar na redução da dívida líquida do grupo. A ideia é concentrar as atividades em seis principais países: Itália, Espanha, Estados Unidos, Brasil, Chile e Colômbia.

Na Europa, as atividades serão concentradas em torno de Espanha e Itália, com a venda dos ativos romenos. Na América Latina, a companhia pretende vender os ativos no Peru e Argentina.

“Nos próximos três anos, vamos focar nos modelos de negócios integrados, expertises digitais e nos negócios e regiões que podem adicionar valor, apesar do cenário desafiador atual, abraçando uma estrutura mais enxuta e metas financeiras mais robustas”, disse Francesco Starace, CEO da Enel. 

Nesses seis principais países, a Enel pretende vender 80% da energia elétrica gerada em contratos com preço fixo, todos cobertos por geração própria e por meio da contratos de longo prazo (PPAs). De toda a energia vendida, 90% deverá ser coberta por fontes limpas. 

Até 2025, a Enel pretende adicionar 21 GW em capacidade renovável de geração ao seu portfólio, sendo 19 GW nos “seis principais” países de atuação. Essa estratégia confirma o compromisso do grupo com as metas do Acordo de Paris, incluindo sua meta de atingir emissões zero de carbono em 2040.

A estratégia divulgada prevê o reforço para crescimento e digitalização das redes de distribuição de energia detidas pela companhia nos mercados da Itália, Espanha, Brasil, Chile e Colômbia, com foco nas grandes áreas metropolitanas. No Brasil, a companhia tem a concessão da Enel São Paulo (que atende a capital e na região metropolitana) e da Enel Rio (que opera em Niterói e outros 65 municípios fluminenses).