Distribuição

Enel conclui venda da Celg para a Equatorial por R$ 1,5 bilhão

A italiana Enel informou que concluiu a venda da Celg, distribuidora de energia de Goiás, para a Equatorial Energia, por R$ 8,5 bilhões, incluindo a assunção de R$ 7 bilhões em empréstimos dentro do grupo Enel, que serão liquidados em até 12 meses a partir do fechamento.

Enel conclui venda da Celg para a Equatorial por R$ 1,5 bilhão

A italiana Enel informou que concluiu a venda da Celg, distribuidora de energia de Goiás, para a Equatorial Energia, por R$ 8,5 bilhões, incluindo a assunção de R$ 7 bilhões em empréstimos dentro do grupo Enel, que serão liquidados em até 12 meses a partir do fechamento.

Para a Enel, a operação gerou um efeito positivo de 1,5 bilhão de euros na sua dívida consolidada, além de um efeito negativo do resultado líquido do grupo de 850 milhões de euros, sendo que 693 milhões de euros já foram contabilizados no balanço do terceiro trimestre deste ano.

A venda está alinhada com o plano estratégico do grupo italiano, que busca melhorar e otimizar seu perfil de risco e retorno e da sua base de ativos. No Brasil, a Enel informou recentemente o objetivo de focar nos ativos de distribuição em redes localizadas em áreas urbanas, e vai vender também a distribuidora de energia do Ceará, mantendo os ativos de São Paulo e Rio.

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A Equatorial, por sua vez, destacou que a aquisição ajuda na diversificação da sua atuação no segmento de distribuição de energia para mais uma região do país, adicionando mais de 3,3 milhões de clientes à sua base.

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A Enel adquiriu a distribuidora de energia de Goiás em um leilão de privatização realizado pela Eletrobras – sua antiga dona – em 2016. Na ocasião, ela foi a única a participar do certame, e pagou R$ 2,187 bilhões, ágio de 28% sobre o preço mínimo. Na época, a Enel ainda não tinha comprado seu principal ativo no Brasil, a Eletropaulo, e a Celg foi a primeira das distribuidoras da Eletrobras a ser privatizada.

Segundo a italiana, enquanto foi dona da distribuidora, o grupo realizou investimentos de mais de R$ 7 bilhões, construiu 19 novas subestações e modernizou outras 140. Foram construídos 21 mil quilômetros de novas redes elétricas, com a instalação de 10 mil equipamentos de automação na rede. A frequencia média de interrupções de energia (FEC) caiu de 25,1 vezes em 2015 para 7,7 vezes em outubro deste ano, e a duração das interrupções (DEC) recuou de 43,24 horas para 16,22 horas na mesma base de comparação.