Distribuição

Enel tem piora no resultado financeiro e melhora em indicadores operacionais em SP e Rio

A italiana Enel registrou melhorias nos indicadores financeiros da Enel Rio (antiga Ampla) e da Enel São Paulo (antiga Eletropaulo) no terceiro trimestre deste ano, apesar da forte contração nos mercados, em decorrência dos efeitos da pandemia do covid-19. O cenário acabou afetando os resultados financeiros das concessionárias, que vieram piores na comparação com o mesmo intervalo de 2019.

Na Enel São Paulo, o volume de energia vendida no trimestre caiu 5%, para 9.790 GWh. No mercado cativo, a queda foi mais acentuada, de 5,5%, para 7.234 GWh, com destaque para a queda de 22,6% no segmento comercial, e baixa de 16,8% no segmento industrial. As vendas para os clientes livres recuaram 3,6%, para 2.557 GWh.

O DEC, indicador que mede a duração das interrupções no fornecimento de energia, ficou estável em 7,04 horas, abaixo da meta regulatória da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 7,38 vezes em 2020. 

O FEC, que mede a frequência das interrupções, caiu de 4,08 vezes para 3,66 vezes. A meta da Aneel para o ano é de 5,13 vezes.

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As perdas de energia subiram de 9,6% no terceiro trimestre do ano passado para 10,42%, enquanto o índice de arrecadação recuou de 103,9% para 96,99%, indicando os efeitos da crise provocada pela pandemia. 

Financeiro da Enel SP

A Enel São Paulo terminou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 159,3 milhões, queda de 53,9%. O desempenho foi afetado, entre outros motivos, pelo resultado financeiro negativo em R$ 163,8 milhões, aumento de 85,4% na base anual.

A receita líquida ficou praticamente estável em R$ 3,8 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 9,2%, para R$ 598,3 milhões.

As provisões para perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa subiram de R$ 41,7 milhões para R$ 90,8 milhões no trimestre, ajudando a pressionar as despesas operacionais, que subiram 16,7% no período.

Enel Rio

A Enel Rio, por sua vez, teve aumento de 0,5% no volume de energia vendida, para 2.654 GWh, refletindo, principalmente, o aumento de 7,2% na energia vendida para clientes livres, pelo qual recebe uma tarifa pelo uso do fio. A energia distribuída aos clientes cativos, porém, caiu 1,9% no trimestre, para 1.847 GWh. 

No mercado cativo, a companhia registrou queda de 17% nas vendas no segmento industrial, e baixa de 17,7% no segmento comercial.

O DEC da Enel Rio recuou de 14,48 horas no terceiro trimestre de 2019 para 10,58 horas no mesmo período deste ano, ainda um pouco acima da meta da Aneel, de 10,12 horas.

O FEC da distribuidora recuou de 9 vezes para 6,31 vezes, ficando abaixo da meta regulatória do ano, de 7,28 vezes.

As perdas de energia subiram de 22% para 22,63%, enquanto o índice de arrecadação recuou de 97,84% para 95,28%. Segundo a companhia, o aumento é explicado pela redução da energia injetada no poeríodo, que torna o volume das perdas mais representativo em relação ao volume total, além dos impactos decorrentes da pandemia de covid-19.

Financeiro

A Enel Rio teve prejuízo líquido de R$ 53,5 milhões no trimestre, ante o lucro de R$ 115,9 milhões obtido no mesmo intervalo do ano passado. O resultado financeiro também foi o grande responsável pelo desempenho, ao vir negativo em R$ 163,4 milhões, ante o resultado financeiro negativo de R$ 4,7 milhões do terceiro trimestre do ano passado.

A receita operacional líquida subiu 9,8%, para R$ 1,5 bilhão. Os custos dos serviços e despesas operacionais subiram 19,2%, para R$ 1,44 bilhão. Assim, o Ebitda da companhia caiu 30,5%, para R$ 192,4 milhões.

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