Distribuição

Energisa espera reverter nos próximos meses inadimplência do 1º semestre

Energisa espera reverter nos próximos meses inadimplência do 1º semestre

O retorno dos cortes de energia por inadimplência, combinado à flexibilização das medidas de isolamento social adotadas para conter a pandemia do covid-19, deve trazer uma redução gradual das provisões por inadimplência apuradas pela Energisa no segundo trimestre do ano, disse Maurício Botelho, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados. 

No balanço do segundo trimestre, a Energisa registrou R$ 163,2 milhões em provisões para perdas esperadas de créditos de liquidação duvidosa, incremento de R$ 155,2 milhões, devido aos efeitos da pandemia.

“Há uma tendência de recuperação ao longo do terceiro e quarto trimestres do ano nesse quesito de provisões”, disse Botelho. Segundo ele, a companhia está fazendo muitos parcelamentos, num “esforço enorme” de permitir a normalização da situação.

Os níveis de consumo de energia também tendem a se recuperar no segundo semestre do ano. “Vamos soltar os números de julho nas próximas semanas e já vamos apresentar uma ligeira recuperação”, disse o executivo. Segundo ele, julho teve recuperação e agosto também segue o mesmo caminho.

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A companhia, enquanto isso, segue discutindo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com o Ministério de Minas e Energia (MME) como será o reconhecimento da recomposição econômico-financeira das distribuidoras, no contexto dos tratamentos dados aos efeitos da pandemia.

“Já apresentamos algumas sugestões de caminhos metodológicos e creio que na próxima terça-feira a Aneel vai abrir a segunda fase da consulta pública, com um período de contribuições para buscarmos o melhor caminho”, disse Alexandre Nogueira, diretor de assuntos regulatórios e estratégia da companhia.

Resultado

A Energisa teve prejuízo líquido de R$ 88 milhões no segundo trimestre do ano, ante um prejuízo de R$ 8,9 milhões obtido um ano antes, refletindo, principalmente, a constituição de provisões para inadimplência. Além disso, a marcação a mercado de um bônus de subscrição atrelado à 7ª emissão de dívida da companhia teve efeito negativo de R$ 311 milhões no resultado.

A receita operacional líquida caiu 3,6% no trimestre, para R$ 3,87 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 11,2%, para R$ 727,4 milhões.

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