Distribuição

Equatorial assume CEEE-D e descarta participar do leilão do braço de transmissão da estatal gaúcha

Equatorial assume CEEE-D e descarta participar do leilão do braço de transmissão da estatal gaúcha

A Equatorial Energia, que acaba de assumir a concessão da gaúcha Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), não pretende participar do leilão de privatização do braço de transmissão da companhia, marcado para 16 de julho, próxima sexta-feira.

“Temos um belo desafio na mão e achamos prudente focar na região e na CEEE-D e não participar do leilão”, disse Tinn Amado, diretor de Regulação e Novos Negócios da Equatorial, em entrevista coletiva concedida na tarde de hoje.

A Equatorial foi a única ofertante presente no leilão de privatização da CEEE-D, em 31 de março, quando arrematou a distribuidora por R$ 100 mil, ágio de 100% em relação ao preço mínimo estabelecido para o certame, de R$ 50 mil. Além disso, assumiu uma dívida de R$ 4,1 bilhões na companhia, que vai exigir investimentos elevados para obter a melhoria da qualidade do seu serviço.

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“Temos um plano de 100 dias estruturado que tem como pilar básico buscar a melhoria da satisfação do cliente”, disse Maurício Velloso, presidente da CEEE-D, na entrevista coletiva. Segundo ele, a Equatorial vai levar todas as tecnologias disponíveis no grupo para melhorar a qualidade do serviço, ampliar canais de atendimento e estreitar o relacionamento com os clientes.

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A companhia tem problemas sérios na qualidade do serviço prestado, como indicadores de continuidade acima das metas regulatórias. “Não damos guidance de investimentos, mas vamos investir um montante bem acima do que se investia historicamente na CEEE-D”, disse Velloso. Serão feitos investimentos importantes em automação na rede, novas subestações e religadores, a fim de aumentar a resiliência da rede.

O executivo explicou ainda que, inicialmente, não haverá mudança na marca da distribuidora. “A marca vai continuar como CEEE, uma marca forte e com identidade com nosso consumidor”, afirmou.