A Equatorial Energia vai utilizar recursos próprios para o aporte de capital de R$ 400 milhões que deverá ser feito antes de assumir da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), cujo controle foi adquirido nessa sexta-feira, 25 de junho, por meio de um leilão de privatização realizado na B3.
“Vamos trabalhar duro desde o primeiro momento. O aporte vamos fazer usando capital próprio, e o capex e os investimentos vamos buscar bancos de fomento e regionais”, disse Augusto Miranda, presidente da Equatorial, em entrevista coletiva concedida após o leilão.
Além do aporte, a vencedora do certame também deverá realizar investimentos da ordem de R$ 500 milhões nos primeiros cinco anos de concessão.
Segundo Miranda, a Equatorial vai refinar o plano de 100 dias para iniciar a transformação da distribuidora, que hoje é ineficiente e tem alto nível de perdas e inadimplência. “Vamos refinar os valores para que a partir da entrada, a gente consiga fazer um ‘turnaround'”, disse, lembrando que isso já foi feito pela companhia nas concessões adquiridas no Maranhão, Pará, Piauí e Alagoas. Mais recentemente, a empresa também arrematou a CEEE-D, do Rio Grande do Sul.
“São experiências acumuladas que pretendemos colocar a serviço do Amapá, para que possamos oferecer serviços mais robustos”, disse.
Mesmo com as distâncias geográficas entre as distribuidoras do grupo, a Equatorial vai buscar ganhos de sinergias por ter ganho de escala nas compras e na gestão.
O elevado grau de endividamento da CEA e da CEEE-D não assusta a Equatorial. “Em função do caixa e do crédito que a Equatorial tem no mercado, estamos confortáveis. Lembrando que as transmissoras que adquirimos em leilões estão operacionais e gerando caixa, o que nos deixa na posição confortável para enfrentar os desafios”, disse.