A Equatorial Energia já registrou melhoras na inadimplência e redução de consumo de energia desde o início da pandemia do covid-19. Segundo Leonardo Lucas, diretor financeiro e de relações com investidores do grupo, no início das medidas de contenção e isolamento social, a inadimplência chegou a variar de 15% a 25% nas áreas de concessão da companhia.
“Mas o que temos observado é um arrefecimento da intensidade”, disse o executivo. Entre janeiro e maio, a Equatorial teve crescimento de 0,9% da energia injetada e de 2,7% na energia faturada.
Em abril e maio, principais meses da pandemia, a energia injetada pelas quatro distribuidoras do grupo caiu 3%, enquanto a faturada caiu 2,2%. Segundo Augusto Miranda, presidente da companhia, o perfil regional e outras características de suas concessões ajudam a explicar a queda menos aprofundada que no restante do país.
“Temos monitorado alguns números de junho, que ainda vão fechar, e temos visto sentimento e sinais de melhora”, disse Lucas, que espera estabilização em breve dessas métricas.
A Equatorial tem um saldo de R$ 1,574 bilhão que poderá ser financiado por meio da Conta-Covid, empréstimo negociado pelo governo com um pool de bancos públicos e privados para injetar liquidez nas concessionárias.
“O momento agora é de desfecho da Conta-Covid, que vem trazer liquidez e proteger toda a cadeia e, de certa forma, comprar um pouco de tempo para discutirmos a discussão do segundo capítulo que é o equilíbrio”, disse Lucas, se referindo ao equilíbrio econômico-financeiro das concessões.
Enquanto o empréstimo vai resolver os efeitos financeiros, de curto prazo, da pandemia, a Aneel vai abrir nova audiência pública para discutir os impactos econômicos e como serão reconhecidos.
“Esperamos que seja uma regra clara e equilibrada”, disse Miranda, que defende uma fórmula paramétrica igual que possa ser aplicada por todas as distribuidoras para equacionar os impactos de médio e longo prazo.
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