A “Conta-Covid”, empréstimo negociado pelo governo com um sindicato de bancos para injetar liquidez nas distribuidoras de energia, vai tratar, no curto prazo, dos efeitos financeiros da pandemia do coronavírus (covid-19) no setor elétrico. Os efeitos econômicos, por sua vez, também serão apreciados.
“Somos muito sensíveis ao tema, é um processo que exige debate intenso e atenção especial da equipe”, disse Elisa Bastos, diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e relatora do processo do empréstimo, ao participar de debate realizado pelo Lide.
Segundo o secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp, a necessidade financeira do setor era a prioridade no curto prazo. “Mas desde o início afirmamos que não seria uma solução única para o setor”, disse ele.
Para tratar disso, a diretora Elisa Bastos já prevê a realização de uma nova etapa da consulta pública para disciplinar a questão do econômico financeiro, que e atribuição da Aneel.
A preocupação das distribuidoras é com o prazo desse reequilíbrio. O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, pediu que o tema seja endereçado o quanto antes para evitar volatilidade. “Fazendo isso em seis meses ou em um ano, haverá incerteza. Com princípios claros, será permitida estabilidade jurídica e regulatória”, disse Passanezi.