O estado de Minas Gerais superou a marca de 5 GW de capacidade instalada de energia solar em operação, repartidos em 2,65 GW de geração distribuída e 2,73 GW em geração centralizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o SIGA. Atualmente, todos os 853 municípios mineiros possuem módulos fotovoltaicos.
A expansão vista em Minas Gerais é apenas um recorte do crescimento da fonte solar no país. Em um ano a fotovoltaica cresceu aproximadamente 83%, saltando de 14,2 GW para 26 GW, conforme mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), representando 11,6% da matriz energética do país.
Na última semana, a energia solar na modalidade de geração distribuída ultrapassou a marca de 20 GW de potência instalada no país, frente aos 6 GW da geração centralizada. Segundo a Absolar, desde 2012, as modalidades trouxeram, respectivamente, cerca de R$ 92,1 bilhões e R$ 37 bilhões em investimentos para o Brasil, além de evitarem a emissão de 34,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o país deve observar um crescimento ainda maior da solar devido os recursos naturais do país e a possibilidade do uso da fonte na produção do hidrogênio verde (H2V).
“Segundo estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V. Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem”, afirma Koloszuk.
Além da solar, outra fonte que pode ser usada na fabricação do insumo é a eólica. Ambas as fontes representam 87,6% da expansão da capacidade instalada no primeiro trimestre de 2023.
