Os cerca de 6,7 milhões de consumidores de 98 cidades do estado do Rio de Janeiro, atendidos pelas distribuidoras Enel RJ e Light, terão suas contas de energia reajustadas a partir de 15 de março. Após os processos de revisão tarifária, deliberados nesta terça-feira, 10, pela diretoria, as distribuidoras aplicam, respectivamente, a primeira e a quarta maior tarifa de energia elétrica do país.
Importante destacar, como apontado durante apresentado pelo Fernando Baccin, da Superintendência de Gestão Tarifária (SGT), que esses são os primeiros reajustes tarifários do ano, e que o ranking de tarifas deve se alterar conforme os processos forem acontecendo.
Para os consumidores da Enel RJ o efeito médio será de 2,71%, sendo de 3,38% para aqueles atendidos em alta tensão, e de 2,48% para os consumidores em baixa tensão. Apesar do índice de reajuste considerado pequeno, a empresa passou da segunda posição no ranking de tarifas, para a primeira, como a mais cara, saindo de R$ 668,22/MWh, para R$ 683,67/MWh.
Impactaram nesse reajuste, de 2,31% em comparação ao ano anterior, principalmente, a queda de 2,85% dos encargos setoriais, ainda impulsionados pela quitação antecipada da Conta – ACR e fim da CDE Uso, ainda em 2019. Os custos com aquisição de energia acrescentaram 1,58% à conta, enquanto os componentes financeiros tiveram o maior impacto, de 6,25%.
No caso da Light, o efeito médio nas tarifas foi fixado em 6,21%, sendo de 6,73% para os consumidores em alta tensão, e de 5,98% os de baixa tensão. Com isso, a tarifa saiu de R$ 641,30/MWh para R$663,10/MWh, respectivamente saindo da sétima para a quarta posição.
Tiveram impacto no reajuste da Light, a queda de 2,47% dos encargos setoriais, o aumento de 2,79% nos custos de aquisição de energia, e de 8,82% nos componentes financeiros.