As distribuidoras designadas da Eletrobras receberam R$ 5,3 bilhões de recursos da Conta de Reversão Global de Recursos (RGR) nos últimos dois anos, segundo relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Do total, computado até 31 de dezembro de 2018, e já corrigido pela Taxa Selic, a maior parte foi destinada para a Amazonas Energia, somando quase R$ 2 bilhões – a empresa foi adquirida pelo Consórcio Oliveira Energia, em certame realizado em 10 de dezembro.
O consórcio também comprou a Boa Vista Energia, distribuidora do estado de Roraima, que emprestou R$ 383 milhões da Conta RGR para garantir a prestação do serviço público de distribuição de energia no período de designação.
Arrematada pela Equatorial Energia, a Cepisa foi a primeira distribuidora a ser privatizada (julho/2018), e responsável pelo segundo maior repasse às distribuidoras, com pouco mais de R$1 bilhão. Na sequência, a Ceal, também adquirida pela Equatorial em certame realizado em 28 de dezembro, totaliza mais de R$ 705 milhões em repasse.
Representando R$ 825 milhões do montante, as distribuidoras compradas pelo Grupo Energisa em agosto de 2018, Ceron e Eletroacre.
A CEA, distribuidora do Amapá, ainda aguarda decisões judiciais para ser privatizada. Para a empresa, os repassem totalizaram R$ 383 milhões.