A energia solar fotovoltaica adicionou 5,1 GW de potência instalada operacional nos primeiros quatro meses do ano no Brasil, chegando aos 29 GW em maio, conforme levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O volume corresponde ao somatório das usinas de geração centralizada e de micro e minigeração distribuída (MMGD), representando 13,1% da matriz elétrica brasileira.
De acordo com a associação, dos 29 GW, a geração distribuída responde por 20,5 GW de potência instalada, até o momento. A modalidade contribuiu com cerca de R$ 101,7 bilhões em investimentos, R$ 30,2 bilhões em arrecadação e mais de 615 mil empregos acumulados, nas cinco regiões do país. A energia solar fotovoltaica é utilizada atualmente em 98,8% de todas as conexões de GD brasileiras.
Para Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, o desenvolvimento da fonte ajuda no fortalecimento sustentável, na diversificação da matriz elétrica brasileira, colaborando para atração de mais investimento, geração de empregos e renda e levando o país para a liderança internacional do setor.
Além disso, o executivo acredita que a solar fotovoltaica é uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, em especial com a oportunidade de uso da tecnologia na habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, escolas, hospitais, postos de saúde, bibliotecas, parques etc.
Já Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, afirma que o crescimento da energia solar é uma tendência mundial. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, disse.
Citando estudo da consultoria Mckinsey, Koloszuk destaca que o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do hidrogênio verde. Para tanto, deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, destinados à geração, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem.
Desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 143,9 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 42,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 870 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 36,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, conforme dados da Absolar.