Os consumidores da EDP São Paulo devem sentir um aumento médio de 5,66% na conta de luz ao fim do seu processo de revisão tarifária periódica da companhia, para o qual a abertura de uma consulta pública foi aprovada na manhã desta terça-feira, 18 de julho, pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Pela proposta submetida à consulta, o grupo A terá aumento de 4,73%, enquanto o grupo B de 6,15%.
Os reajustes refletem o aumento de 3,83% nos custos cobertos pela Parcela A, principalmente 2,24% de transporte de energia. A Parcela B deve ter aumento de apenas 0,08%, enquanto os custos financeiros terão saldo de 1,75%.
Dentro da Parcela A, os custos de encargos setoriais pesaram 1,16%, sendo o maior deles a CDE Eletrobras, com impacto de 1,93%.
Também serão definidos novos limites para DEC e FEC, siglas que indicam a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia, respectivamente.
Para o DEC, que teve o limite saindo de 7,7 horas em 2019 para 6,93 horas em 2023, a proposta indica contínua redução gradual, até chegar a 6,2 horas em 2027. Ano passado, a EDP São Paulo registrou o indicador de 6,07 horas, abaixo da meta regulatória.
Para o FEC, a proposta em consulta também prevê a continuação da queda, saindo dos 5,23 vezes de 2023 até 4,37 vezes em 2027 – acima do indicador da distribuidora de 2022, que foi de 3,28 vezes.
A consulta pública vai ficar aberta entre 19 de julho e 1º de setembro deste ano, e terá reunião presencial em 10 de agosto em São José dos Campos (SP). A nova tarifa deve entrar em vigor em 23 de outubro de 2023.