A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou os reajustes das tarifas das cooperativas de energia Cooperaliança e Empresa Força e Luz João Cesa, que atendem consumidores de quatro municípios de Santa Catarina. Os novos valores passam a vigorar partir de 29 de agosto.
Por terem um mercado inferior a 350 GWh/ano, as empresas tiveram em seus cálculos a subvenção da lei 14.299, com montante repassado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Cooperaliança
A Cooperaliança atende 42 mil consumidores nas cidades de Iraça, Rincão e Jaguaruna, e teve os novos índices aprovados em processo de revisão tarifária periódica.
O efeito médio para os consumidores será de 6,24%, sendo de 3,46%, em média, para os de alta tensão, e de 8,16%, para os atendidos em baixa tensão. Os consumidores residenciais, do subgrupo B1, terão um reajuste médio de 7,38%.
A aprovação das novas tarifas considera um efeito de 9,36% dos encargos setoriais na Parcela A, em sua maior parte, da CDE/Uso (6,29%), e uma redução de -2,66% nos custos de compra de energia, com o fim do contrato de suprimento com a Celesc e estabelecimento de um novo contrato bilateral.
Os componentes financeiros responderam por 4,22%, tendo como efeito de medida de mitigação apenas o empréstimo da Conta Escassez Hídrica, responsável por -1,1%. No caso do atendimento à lei nº 14.299, o impacto negativo foi de -9,03%.
Quanto aos limites dos indicadores de qualidade para o ciclo 2023 a 2027, a Aneel manteve a trajetória de cinco horas, em média, do DEC, para os próximos anos do período, enquanto para o FEC, a trajetória inicia com índice de cinco interrupções nos dois primeiros anos, e reduz para quatro nos próximos anos do período.
EFLJC
O efeito médio para as 3,9 mil unidades consumidora da Empresa Força e Luz João Cesa, que atende o município de Siderópolis, é de 5,54%, sendo de 0,69%, em média, para os atendidos em alta tensão, e de 7,26%, para os clientes de baixa tensão. A tarifa residencial, subgrupo B1, terá um reajuste médio de 6,95%.
A diferença entre a classe de consumidores é explicada, principalmente, pela queda no custo com compra de energia, que teve um efeito de -3,75% na Parcela A. No cálculo final da tarifa também foi considerada a limitação do mercado de 350 GWh/ano, com impacto negativo de -1,9%.