A Alemanha e o Catar fecharam acordos para o suprimento de gás natural liquefeito (GNL) que visam auxiliar o país europeu a diminuir sua dependência energética do gás russo. Representantes de ambos os países se encontraram em Doha, capital do Catar, nesse domingo (20) para discutir os termos da cooperação.
Segundo agências de notícias internacionais, esse contrato representa uma solução de longo termo, não possuindo grandes repercussões imediatas ao fluxo monetário da Rússia, visto que os gasodutos alemães ainda devem demorar cerca de três anos para serem construídos.
Além disso, o governo alemão se recusa a cortar inteiramente os contratos de fornecimento com a Rússia, alegando que isso causaria problemas econômicos, energéticos e empregatícios graves no país.
“É ótimo que eu posso dizer que entramos em um acordo firme para entrar em uma parceria energética de longo termo – uma cooperação. As companhias que estão envolvidas nessa jornada entrarão em negociações contratuais com o lado catari”, afirmou Robert Habeck, ministro da Economia alemão.
Habeck seguiu hoje (21) para os Emirados Árabes Unidos (EAU) com o objetivo de fortalecer e acelerar a cooperação em hidrogênio entre os países, uma parceria que existe desde 2017 entre empresas alemãs e o país árabe.
Durante a visita do ministro, foram concluídos quatro acordos de cooperações para hidrogênio e uma para pesquisa e, segundo comunicado oficial do governo alemão, as primeiras entregas dessa fonte para a Alemanha devem ocorrer ainda esse ano.
Para Habeck, “a expansão acelerada das cadeias de fornecimento de hidrogênio é um ponto central da transição para a energia sustentável. Saúdo a cooperação planejada entre empresas alemãs e dos Emirados e a cooperação em pesquisa entre Fraunhofer e o Ministério de Energia dos Emirados Árabes Unidos. Há uma grande necessidade de pesquisa e implementação direta, especialmente na produção, armazenamento e transporte de hidrogênio verde nos Emirados Árabes Unidos e na importação e uso na Alemanha. As parcerias de hoje dão, portanto, uma dupla contribuição: fortalecem a realização de nossos objetivos climáticos e, ao mesmo tempo, nossa segurança energética”.