O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) oficializou com o Banco Europeu de Investimento (BEI), nesta quarta-feira, 10 de novembro, um acréscimo de 20 milhões de euros para compor linhas de crédito voltadas ao financiamento de projetos de energias renováveis e eficiência energética no estado, além de prover capital para investimentos em micro, pequenas e médias empresas.
As empresas beneficiadas pelo crédito terão prazo de pagamento de até 13 anos, dependendo da natureza da operação e do tipo de negócio, com até dois anos de carência.
O valor é equivalente a cerca de R$ 127 milhões (cotação de 9/11) e o aditivo foi assinado como parte da programação paralela da COP 26. As instituições haviam firmado acordo em 2019, de 100 milhões de euros, para tais destinações.
Inicialmente restrito a iniciativas de energias renováveis e eficiência energética, o contrato entre os bancos teve a destinação flexibilizada em novembro de 2020, em função do cenário emergencial deflagrado pela pandemia. Na ocasião, uma parcela 30% do total (30 milhões de euros) passou a atender demandas diversas por crédito de micro, pequenas e médias empresas impactadas pela crise sanitária.
Cerca de 60% do contrato original BDMG-BEI, de 100 milhões de euros, já foram desembolsados, sendo que a expectativa é destinar os 40% restantes até o primeiro trimestre de 2022. Entre as iniciativas já financiadas estão 15 projetos de geração de energia solar fotovoltaica, três centrais geradoras hidrelétricas e um projeto de iluminação pública eficiente em Minas Gerais. Juntas, as propostas já contribuíram para a geração de mais de 130 GWh por ano, evitando a emissão de mais de 11,5 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
“Essa extensão do limite sinaliza a confiança do BEI na alocação eficiente de recursos por meio do BDMG. Em pouco mais de dois anos de parceria, já endereçamos praticamente a totalidade do contrato inicial, se somados os valores já desembolsados e os projetos já captados e em análise no banco. Dessa forma, vamos aumentar as oportunidades de recuperação econômica em bases mais sustentáveis e inclusivas no estado”, afirma o presidente do BDMG, Sergio Gusmão Suchodolski.