O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira, 6 de junho, novas medidas para estimular o desenvolvimento doméstico da fonte solar fotovoltaica e se manter nas metas de descarbonização do setor energético do país. Entre elas, destacam-se a autorização de uso do Ato de Produção de Defesa (DPA, na sigla em inglês) para renováveis, e a interrupção, por um período de dois anos, de algumas taxas de importação de componentes solares.
O uso do DPA é uma tentativa do presidente americano para acelerar a produção nacional de tecnologias relativas à energia renovável, como módulos fotovoltaicos, eletrolisadores e infraestrutura da rede de energia. Além disso, o presidente delegou mais poderes de compra ao governo federal, com o intuito de estimular a fabricação nacional de componentes solares.
A partir dessa política, foram criados os acordos de fornecimento principal e de super preferências (Master Supply Agreements e Super Preferences, no inglês), que visam acelerar a manufatura doméstica de partes e componentes de tecnologias de fontes renováveis, sobretudo a solar fotovoltaica.
“Essas medidas federais de compras podem estimular a demanda em até 1 GW de módulos solares produzidos nacionalmente no curto prazo, podendo chegar a 10 GW até a próxima década somente com a demanda do governo dos Estados Unidos”, segundo trecho de comunicado da Casa Branca.
Para impulsionar o impacto dessas ações, o governo americano também anunciou a criação de parcerias com governos estaduais e municipais para “revitalizar a indústria doméstica de manufatura solar”.
Quanto a interrupção de dois anos nas taxas de importação, foram considerados alguns produtos solares de origem do Camboja, Malásia, Tailândia e Vietnã, com o objetivo de manter um fornecimento seguro dos componentes necessários a projetos da fonte, e como resposta ao lobby dos integradores, que reportaram muitos projetos atrasados ou cancelados no país depois que o Departamento de Comércio lançou uma investigação tarifária em março.