Economia e Política

BNDES defende subsídios para incentivar hidrogênio verde

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está interessado em fomentar toda a cadeia de hidrogênio verde, segundo a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do banco, Luciana Costa. A executiva participou do evento “Mesa redonda Brasil: Energia e Sustentabilidade”, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e pelo Institute of the Americas (IOA), nesta terça-feira, 27 de junho.

Rio de Janeiro – Edifício sede do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Rio de Janeiro – Edifício sede do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está interessado em fomentar toda a cadeia de hidrogênio verde, segundo a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do banco, Luciana Costa. A executiva participou do evento “Mesa redonda Brasil: Energia e Sustentabilidade”, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e pelo Institute of the Americas (IOA), nesta terça-feira, 27 de junho.

“O setor elétrico sempre é uma prioridade para o BNDES. A gente não quer fomentar só hidrogênio verde, queremos fomentar indústria de eletrolisador, amônia verde, siderúrgica verde e química verde”, disse a diretora do banco de fomento.

Segundo Luciana Costa, há uma “clara” necessidade de subsidiar o hidrogênio verde, pois atualmente o custo desta fonte é maior do que o de hidrocarbonetos. “Já fizemos isso com energia renovável. A gente tem condições de fazer direito e ser eficiente em termos de custo”, disse mencionando o papel do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa) para o desenvolvimento das energias solar e eólica no país. “Subsídio inteligente e focado é importante. Tem que ter data para acabar, ele tem um ciclo”.

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Para ela, o Brasil tem uma janela de oportunidade para avançar no desenvolvimento de soluções para energia limpa, mas precisa acelerar a regulamentação: “Os produtos verdes vão começar a ter prêmio fora do Brasil e precisam ter prêmio aqui também. Uma forma de fazer isso é regulamentar rápido”, avaliou. “O mundo inteiro está trabalhando com subsídio, então a gente está discutindo onde faz mais sentido”, adiantou.

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Costa avalia que o Brasil tem grande potencial para exportar seus produtos renováveis, mas é importante agir rápido. Ela mencionou que os Estados Unidos, por exemplo, estão com altos aportes na economia, inclusive em energia renovável: “Não vamos poder competir com eles, mas Alemanha, Japão e China vão precisar do Brasil”, acredita.

Eletrificação

Apontada como caminho importante para reduzir o uso de combustíveis fósseis, a eletrificação vai demandar investimentos da ordem de R$ 350 bilhões por ano no Brasil, segundo estimativas do BNDES apontadas por Luciana Costa. Ela adiantou que o banco não tem capacidade para fazer todo este investimento, e destacou a oportunidade para “bancos locais, internacionais e mercado de capital”.

Presente no mesmo painel, Felipe Fava, sócio da McKinsey, também mencionou a necessidade de investimentos em infraestrutura, como a instalação de subestações de média tensão para abastecer frotas elétricas para transporte público.

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