Congresso

No último dia de 2022, Bolsonaro sanciona com vetos MP de atuação privada na exploração nuclear

Foi sancionada em 30 de dezembro de 2022 a Medida Provisória 1.133/2022, que permite a atuação da iniciativa privada na pesquisa e lavra de minérios nucleares, mantendo o monopólio da atividade nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O então presidente Jair Bolsonaro vetou 49 dispositivos da nova lei.

No último dia de 2022, Bolsonaro sanciona com vetos MP de atuação privada na exploração nuclear

Foi sancionada em 30 de dezembro de 2022 a Medida Provisória 1.133/2022, que permite a atuação da iniciativa privada na pesquisa e lavra de minérios nucleares, mantendo o monopólio da atividade nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O então presidente Jair Bolsonaro vetou 49 dispositivos da nova lei. 

O texto prevê a autorização para que a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar) assuma o controle nas Indústrias Nucleares do Brasil por meio da transferência de ações da União. 

Vetos de Bolsonaro 

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Entre os dispositivos indeferidos está o que condicionava a exportação de minérios nucleares, concentrados e derivados e de materiais nucleares pela INB através da aprovação do Ministério de Minas e Energia (MME). 

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Segundo o ex-chefe do executivo, o trecho contrariava o interesse público, já que poderia dificultar o exercício e a expansão da atividade de sondagem de minérios nucleares no Brasil, além da possibilidade de criar entraves burocráticos que desestimulariam investimentos privados.  

Também foram vetados dispositivos que dariam à Agência Nacional de Mineração (ANM) a competência de administrar e gerir o Fundo Nacional de Mineração (Funam). Outros artigos indeferidos tratavam das receitas vinculadas ao fundo e da destinação de seus recursos.  

Para defender o veto, o então governo disse que a troca da Agência Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) pela ANM era inconstitucional e que impugnava o interesse público por estar em desacordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022.  

Jair Bolsonaro também barrou o dispositivo que criava novos cargos na ANM. De acordo com o ex-presidente, essa parte do texto iria contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, que não admite aumento de despesa por parte do Congresso em projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República.  

Os vetos presidenciais podem ser derrubados caso a maioria absoluta dos deputados votem a favor. Ainda não há uma data para a apreciação deles. 

(Com informações da Agência Senado)