Economia e Política

Consumo de hidrogênio verde deve crescer até sete vezes para que o G7 cumpra descarbonização

O compromisso de descarbonização firmado entre os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia) para reduzir as emissões líquidas demandará uma implantação significativa da tecnologia de hidrogênio verde no mundo. De acordo com Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), as meta estabelecidas pelos países levará a um crescimento no consumo da tecnologia de até sete vezes até 2050.

Close up of crystal globe resting on grass in a forest – environment concept
Close up of crystal globe resting on grass in a forest – environment concept

O compromisso de descarbonização firmado entre os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia) para reduzir as emissões líquidas demandará uma implantação significativa da tecnologia de hidrogênio verde no mundo. De acordo com Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), as meta estabelecidas pelos países levará a um crescimento no consumo da tecnologia de até sete vezes até 2050. 

Levantamento realizado pela agência entre 2010 e 2020 aponta que os países representaram 50% das 65 mil patentes de hidrogênio registradas, sendo que ao final de 2021, metade de todos os fabricantes de eletrolisadores estavam na Europa. Em 2020, a demanda agregada de hidrogênio para os membros do G7 foi de cerca de 24,2 milhões de toneladas. Com base nesta demanda, à agência projeta que grupo consumirá cerca de 28% do hidrogênio global. 

Segundo a entidade, o crescimento das fontes renováveis no mundo ajudará no incremento da produção do hidrogênio, já que uma queda nos custos da cadeia produtiva das renováveis torna o hidrogênio verde mais acessível e uma opção mais “atraente, se não a única, de descarbonização”.  

Para torna esse cenário factível, o relatório Acelerando a implantação de hidrogênio no G7 – recomendações para o Pacto de Ação do Hidrogênio ressalta a necessidade de que esses países assumam compromissos concretos na definição dos padrões e da certificação de hidrogênio para a indústria interessada.  

Além disso, o documento sugere uma aliança entre os membros, por meio do compartilhamento de aprendizados da implementação inicial do hidrogênio “equilibrando” a produção e o fornecimento da fonte, o que poderá ajudar na criação da demanda. 

“Os formuladores de políticas também devem mostrar liderança ao compartilhar conhecimento, finanças e know-how com a comunidade internacional para replicar oportunidades e melhores práticas em qualquer outro lugar do mundo. Crucialmente, com a cooperação internacional, o mercado emergente de hidrogênio tem potencial para ser mais inclusivo, com oportunidades para países desenvolvidos e em desenvolvimento. A intenção clara deve ser transmitida para sinalizar confiança aos investidores e à indústria”, afirma o diretor-geral da Irena, Francesco La Camera.