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2W Ecobank está na lista de inadimplentes da CVM

Empresa conduz processo de renegociação de dívidas

Recepção da 2W Ecobank / Divulgação
Recepção da 2W Ecobank | Divulgação

*Atualizada no dia 17 de janeiro para inclusão de informações*

As empresas 2W Ecobank, Argo Energia, Caramuru Alimentos e Unigel estão na lista de sete companhias abertas consideradas inadimplentes por não enviarem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) documentos periódicos há cerca de três meses.

Em documento, Fernando Vieira, superintendente de Relações com Empresas (SEP) da CVM, alertou investidores e o público sobre a importância de considerarem as informações periódicas em suas relações com as companhias ou em suas decisões de investimento uma vez que, segundo um dos artigos da Resolução CVM 80, “a SEP deve suspender o registro de emissor de valores mobiliários caso um emissor descumpra, por período superior a 12 meses, suas obrigações periódicas”.

A 2W Ecobank, que conduz um processo de renegociação de dívidas, não enviou à comissão os três formulários de informações trimestrais (ITR). Além disso, a CVM desconsiderou todas as versões do Formulário de Referência (FRE) enviadas pela 2W no ano passado, “por não apresentarem informações financeiras referentes ao ano de 2023”.

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Em janeiro de 2024, a companhia também apareceu na lista da CVM por não apresentar o ITR e o Formulário de Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP) de 2023. A Anemus Wind Holding, responsável pelo parque eólico da 2W, também apareceu na lista.

Comercializadora de etanol hidratado de soja, a Caramuru Alimentos também entrou na lista da comissão por não enviar ITRs de 2024.

Já a Argo Energia e a Unigel, em recuperação judicial, não apresentaram os Formulários de Referência (FRE) de 2024.

Segundo a CVM, não fazem parte da lista as companhias que estejam em situação de falência ou liquidação, bem como aquelas que estão com o registro suspenso, nos termos da Resolução CVM 80.

Notas das empresas

Procuradas pela MegaWhat, a Unigel informou que “não irá comentar”. 

Por sua vez, a Argo Energia esclareceu que as informações referem-se a uma pendência formal na entrega do Formulário de Referência de 2024, decorrente de falha interna no processo de protocolo, em que as informações atualizadas para o ano de 2024 foram “erroneamente registradas como ano referência de 2023”.

“Essa situação foi identificada e prontamente solucionada no mesmo dia em que a notícia foi publicada [pela CVM], sendo também a data em que a companhia tomou conhecimento da irregularidade. Reafirmamos nosso compromisso com os mais altos padrões de governança corporativa, ética e transparência perante nossos acionistas e o mercado em geral. Informamos que o Formulário de Referência de 2024 está disponível no site de Relações com Investidores da Argo Energia desde 06 de junho de 2024”, informou em nota.

As demais empresas não se posicionaram sobre a lista da comissão. O espaço segue aberto para posicionamento das companhias.