A 3R Petroleum (RRRP3) registrou lucro líquido de R$ 16,1 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo prejuízo líquido de R$ 335,2 milhões do mesmo período do ano anterior.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 155,6 milhões, queda de 21,6% ante o Ebitda de R$ 198,5 milhões do 1T22.
A receita líquida ficou em R$ 573,7 milhões no 1T23, alta de 52,9% sobre a receita de R$ 375,3 milhões de 2022.
O lifting cost da 3R foi de US$ 23,1 barris de óleo equivalente (boe) entre janeiro e março deste ano, um aumento de 130,6% sobre o mesmo trimestre de 2022. O lifting cost se refere aos custos de extração operacionais após a fase de exploração e perfuração de poços, quando a petroleira entra na etapa de produção de petróleo.
A produção de média diária de gás ficou em 7,2 mil boe/dia, crescimento de 384,4% na mesma comparação. Enquanto a produção de óleo registrou 13,3 mil bbl/d, alta de 76%.
Segundo a companhia, o resultado é consequência, principalmente, da redução das perdas financeiras e do crescimento da receita da 3R, já que o início de 2023 foi marcado pela volatilidade nas commodities e um mercado de dívida desafiador, dada a curva de juros elevadas, inflação resistente e ‘uma das janelas de emissão de dívida mais restrita dos últimos anos’. A petroleira ainda aponta que as dificuldades financeiras de varejistas no Brasil e a crise de bancos no exterior agravaram os contextos macroeconômicos citados anteriormente, impactando no resultado.
Outro ponto que pode ter pressionado os resultados foram os conflitos no leste europeu – por atingir a indústria de óleo e gás-, juntamente com as incertezas sobre a retomada da China e eventual recessão americana, que segue afetando o preço de Brent, que recuou para patamares próximos a US$ 80 por barril no início de 2023, de acordo com comunicado da petroleira.
“Esse resultado reflete: o primeiro trimestre integral de operação do Polo Papa Terra, a renegociação de novos contratos de óleo e uma nova modalidade de contrato gás no cluster Recôncavo, firmando melhores condições comerciais desde março, e parcialmente compensado pelo efeito do Brent médio mais baixo, – 8,6% no trimestre, e por um câmbio médio (dólar americano) mais depreciado, -1,1% no trimestre”, explica a 3R Petroleum.
