A Fabricante de pás eólicas Aeris Energy irá apostar no mercado internacional para o crescimento da demanda da companhia em 2023, disse o presidente da companhia, Bruno Vilela, durante teleconferência com investidores sobre os resultados da Aeris no segundo trimestre do ano.
Segundo o executivo, caso o pacote climático de US$ 370 bilhões do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, seja aprovado pelo congresso americano, a geração e o consumo de energia renovável serão impactados positivamente. “Estão todos nos Estados unidos muito confiantes que virá uma demanda muito grande a partir de 2023”, afirmou Vilela.
A companhia, que já exportou 4 GW em pás para os EUA, disse que uma das suas principais concorrente, a americana TPI, obteve uma valorização de 100% em suas ações mesmo com as especulações da aprovação do pacote climático americano. Segundo ele, por mais que a empresa seja americana, sua produção é difundida em outros países, o que vai possibilitar uma entrada maior da Aeris no país.
“A Aeris é uma empresa aqui do Brasil, mas exportamos desde 2017 e sabemos que boa parte do nosso crescimento virá de exportação, e esses pacotes que estão sendo divulgados vão acelerar esse processo”.
Outra medida internacional citada por Vilela é a recente lei emergencial aprovada pela França, onde o governo do país permitiu, durante 18 meses, a antecipação da venda de energia pelas companhias no mercado livre, antes que o governo compre. “A França tem bastante investimento em eólica offshore, e lá há uma preocupação com área de implantação dessa fonte,” explicou.
O presidente-executivo da companhia também falou que o “Pacote de Páscoa”, aprovado em abril pela Alemanha, também é benéfico para a companhia e para o setor, já que flexibiliza as licenças de instalação de parques. “É uma meta muito agressiva que vai melhorar os preços para os fabricantes de turbinas”.
Questionado por investidores sobre o impacto da GE suspender as vendas de novos aerogeradores fabricados no Brasil, Vilela afirmou que empresa não é cliente da Aeris.
Mercado brasileiro
Para o futuro no Brasil, a Aeris vem negociando novos contratos e vê o mercado aquecido. “Aqui no Brasil, se tiver máquina, tem projeto para instalar. Os clientes estão tentando instalar o mais rápido possível parques para melhorar o retorno, já que teve um aumento no preço das turbinas eólicas. Novos parques também estão sendo negociados”, afirmou vilela.
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