Os aumentos de custo de matéria-prima são totalmente repassados aos preços praticados pela Aeris Energy, assim como a questão cambial. “Não sofremos perda financeira, isso será cobrado mensalmente ou no próximo trimestre”, disse Bruno Vilela, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do ano.
Segundo o executivo, a Aeris tem conversado com os fornecedores que o aumento de custo logístico tende a ser pontual, e voltar aos patamares normais depois da pandemia. “A liquidez alta no mundo gerou inflação e complicação logística, mas não acreditamos que os preços irão se manter”, disse.
Ao precificar os contratos, a Aeris já assume um grau de conservadorismo, mas as incertezas trazidas pela pandemia superaram esses patamares, disse Bruno Lolli, diretor de planejamento e relações com investidores.
“Até termos uma situação normalizada no ciclo global, teremos capital de giro acima, mais capital investido e menos Roic [retorno sobre o capital investido] que precificamos. Mas estamos confiantes que a situação no fim deste ano e início do próximo será mais próxima do que precificamos”, disse Lolli.
Segundo Vilela, 2022 será um ano de estabilização da produção e margens melhores, até pela maturação das novas linhas lançadas.
“Como sabemos que a demanda está deprimida e vamos ter um boom ano que vem, estamos muito bem posicionados para capturar a demanda, seja em liquidez para investir, se necessário, seja em relação à equipe e time de engenharia”, disse o presidente da companhia.