A Aeris Energy está otimista na retomada da demanda de exportação para as Américas, e projeta passar dos atuais 18,5% de participação no mercado de pás eólicas para até 30%. A expectativa do CEO da fabricante, Alexandre Negrão, compartilhada com analistas em teleconferência de resultados vem após dois trimestres, o quarto de 2022 e o primeiro deste ano, sem operações para o exterior.
“Vamos concentrar as nossas entregas para mercado doméstico em 2023, toda a produção está concentrada aqui até início de 2024, e depois a expectativa é que a gente retome volumes de exportação em níveis até maiores que a empresa teve em seu histórico”, disse Bruno Lolli, diretor de Planejamento e de Relações com Investidores. Nessa curva, o maior percentual de exportação que a companhia registrou foi no quarto trimestre de 2020 quando 35,2% dos R$ 749,9 milhões de sua receita operacional foram voltados para o exterior.
Parte desse otimismo para exportação vem dos incentivos anunciados pelos países, como o Inflation Reduction Act (IRA) pelos Estados Unidos. “Vamos continuar de olho nos incentivos colocado nos países. Esses incentivos, apesar de não estarem refletidos nos números atuais, vão começar a refletir nos próximos anos e estamos sentindo isso com os nossos clientes”, disse Alexandre Negrão.
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Em 2022, a fabricante entregou mais pás do que estava em seu plano de produção e agora prevê reduzir seus estoques durante o ano, com contratos com potência média de 4,9 GW por trimestre.
Com um ano de estabilidade de produção, a empresa vai trabalhar para aumentar na extensão de contratos e em novos modelos de pás nos próximos anos.
No primeiro trimestre deste ano, a Aeris registrou prejuízo líquido de R$ 22,2 milhões no primeiro trimestre e uma receita líquida de R$ 831,6 milhões. Os investimentos de janeiro a março R$ 28,2 milhões e o Ebitda foi de R$ 94,9 milhões.
