O conselho de administração da AES Tietê aprovou a proposta de reorganização societária do grupo no Brasil, que tem como objetivo ampliar a capacidade de crescimento da nova holding a ser criada, a AES Brasil Energia.
Hoje, A AES Tietê é a holding do grupo AES no Brasil, tendo como acionistas a americana, com 42,85%, e minoritários detendo os 57,15% restantes. Embaixo da AES Tietê, ficam a AES Brasil e as demais controladas.
No novo desenho, a AES e os minoritários (hoje da AES Tietê) passarão a deter as mesmas participações na AES Brasil, que será controladora integral da AES Tietê. Assim, novos empreendimentos terão participação tanto da AES Brasil quanto da sua – então subsidiária – AES Tietê, o que permitirá maior alavancagem do grupo.
Fonte: AES Tietê
Segundo a companhia, apenas os ativos integralmente embaixo da AES Tietê ficarão limitados às restrições atuais de endividamento, que preveem como limite uma relação entre dívida líquida e Ebitda (sigla em inglês para resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3,85 vezes.
Os novos projetos poderão ser desenvolvidos em sociedades de propósito específico (SPEs) de controle comum entre AES Tietê e AES Brasil, permitindo endividamento de até 80% nessas sociedades.
Se a reorganização proposta for aprovada pelos acionistas da AES Tietê, os acionistas migrarão suas participações acionárias para a AES Brasil Energia, nos mesmos percentuais detidos atualmente.
A proposta prevê que para cada cinco ações de emissão da AES Tietê, preferenciais ou ordinárias, seja emitida uma ação da AES Brasil Energia, de forma que cada unit de emissão da AES Tietê (formadas por quatro ações preferenciais e uma ação ordinária) seja representada por uma nova ação ordinária da nova holding.
A mudança está relacionada ao plano de migração da companhia para o Novo Mercado, segmento de listagem da B3 de maior governança, que só prevê ações ordinárias (com direito a voto).
Os acionistas dissidentes da AES Tietê poderão fazer jus ao direito de retirada pelo valor patrimonial das ações da companhia em 31 de dezembro de 2019, correspondentes a R$ 0,6783 por ação.