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AES Brasil avalia produção própria de hidrogênio verde no próximos anos

A AES Brasil, que recentemente assinou um pré-contrato para produção de até 2 GW de hidrogênio verde no Complexo de Pecém, estuda a viabilidade para produção do produto internamente nos próximos anos. O setor é visto como atrativo economicamente pela companhia para o Brasil, dada a localização dos portos, que deverão atender as demandas do mercado estrangeiro, principalmente da Europa.  

Green energy with hand holding an environmental light bulb background
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A AES Brasil, que recentemente assinou um pré-contrato para produção de até 2 GW de hidrogênio verde no Complexo de Pecém, estuda a viabilidade para produção do produto internamente nos próximos anos. O setor é visto como atrativo economicamente pela companhia para o Brasil, dada a localização dos portos, que deverão atender as demandas do mercado estrangeiro, principalmente da Europa.  

“O mercado de energia brasileiro cresce em relação ao PIB. Na hora que você começa a falar em exportar energia se abre um mercado maior e totalmente novo”, disse Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil, durante teleconferência de resultados com analistas e investidores nesta sexta-feira, 4 de novembro.  

Para a executiva, o segmento pode demandar subsídios, assim como acontece em outras economias, uma vez que o custo de produção do hidrogênio pode ser uma barreira para o setor.

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E mesmo com o arcabouço regulatório criado pelas regras publicadas no final de outubro para geração eólica offshore, esse segmento se manterá atrás do potencial econômico do hidrogênio verde, afirmou Sadock.

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“É algo que vai ser pauta importante nos próximos meses e anos, mas ainda está um passo atrás do hidrogênio verde.  Vemos uma primeira onda de hidrogênio [verde] acontecendo antes da eólica offshore. Temos uma capacidade de energia solar e eólica onshore bastante relevante para ser desenvolvido e, que, não necessitária, em um primeiro momento, do offshore”, disse a executiva. 

Para a companhia, a fonte eólica offshore ainda será bastante debatida nos próximos anos, visto que ainda existem “discussões importantes” relacionadas à regulação e as licenças ambientais. Nesse horizonte, uma “segunda onda” da fonte eólica offshore será possível após o crescimento do hidrogênio verde brasileiro.  

Agenda regulatória 2023 

Clarissa Sadock também avaliou que 2023 será importante para a agenda regulatória do setor elétrico, principalmente para as pautas de modernização e abertura do mercado livre integradas no projeto de lei 414/2021, atualmente parado no Congresso.  

A CEO avalia que a pauta “faz sentido” tanto para as geradoras –que manteriam os ativos em carteira por mais tempo– quanto para o governo, que anteciparia uma receita que viria só daqui a alguns anos.  

A companhia, que obteve melhores resultados no terceiro trimestre puxado pelo cenário hídrico e pela diversificação de ativos, espera renovar suas concessões hídricas, dependendo das “condições” que foram oferecidas. 

Dê play 

– Saiba como os Incentivos às renováveis nos EUA pode potencializar o mercado de hidrogênio verde no Brasil e no mundo no PSR explica.  

– Escute a nova temporada do MegaCast Convida para entender como o hidrogênio tem ganhado cada vez mais notoriedade, devido à oportunidade para o Brasil de se posicionar competitivamente no mercado global, no âmbito do processo de transição e segurança energética.