A AES Brasil (equivalente à antiga AES Tietê) teve lucro líquido de R$ 602,6 milhões no quarto trimestre de 2020, aumento de 470,9% em comparação com o resultado do mesmo período do ano anterior. O desempenho foi obtido devido à contabilização de R$ 947 milhões em ressarcimentos do risco hidrológico, devido à repactuação do GSF definida pela Lei 14.052/2020.
A receita operacional líquida da companhia cresceu 3,2% no trimestre, para R$ 532,2 milhões. Após a contabilização do ativo referente à repactuação do GSF, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 307,1%, para R$ 1,166 bilhão.
A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 2,8 vezes no quarto trimestre de 2019 para 1,5 vez no fim de 2020.
No desempenho operacional, a companhia registrou a queda de 9,6% na geração hídrica, baixa de 10% na geração eólica e aumento de 6,5% na geração solar fotovoltaica no trimestre.
O portfólio da companhia, que teve um nível de contratação de 77% em 2020, sobe para 88% neste ano e 89% de contratação em 2022. Em 2021, a AES Brasil adotou a estratégia de seguir a alocação da garantia física de suas hidrelétricas na média do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), mesma estratégia implementada ano passado.
Em 2020, a AES Brasil teve lucro de R$ 848 milhões, aumento de 182,6% na base anual. A receita operacional líquida subiu 0,6%, para R$ 2,01 bilhões, e o Ebitda avançou 100,1%, para R$ 2,067 bilhões.
Segundo o Credit Suisse, os resultados operacionais vieram mais fracos que o esperado, devido à performance fraca dos ativos eólicos e solares. Além disso, as despesas financeiras também foram negativas para o resultado da companhia.
Dividendos
O conselho de administração da AES Brasil aprovou ontem a distribuição de R$ 7,9 milhões em dividendos intermediários aos acionistas, equivalentes a R$ 0,019 por unit da companhia. Com isso, a companhia chegará ao total de proventos distribuídos de R$ 330,8 milhões, sendo R$ 35,6 milhões sob a forma de juros sobre o capital próprio.
Investimentos
A AES Brasil atualizou suas projeções de investimentos para o período de 2021 a 2025, quando prevê aportar um total de R$ 1,5 bilhão. Os recursos serão direcionados à expansão dos projetos já contratados e com plano de construção definido e à modernização e manutenção dos ativos em operação.
(Atualizado às 9h30 em 25/02/2021)