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AES Brasil fecha compra de complexo eólico por R$ 806 milhões

Divulgação Cemig
Divulgação Cemig

A AES Brasil assinou ontem, 27 de dezembro, um contrato para adquirir os complexos eólicos MS e Santos da Cúbico Brasil por até R$ 806 milhões, sendo R$ 529 milhões em capital e assunção da dívida de R$ 277 milhões, em valor na data base de dezembro de 2019.

O projeto tem um total de 158,5 MW de potência e está 100% contratado no mercado regulado por meio dos leilões de reserva de 2009 (ao preço de R$ 273,70/MWh) e de energia nova de 2011 (preço de R$ 171,56/MWh). Os contratos vão até 2034. 

Com a aquisição, a AES Brasil chegou ao marco de 4 GW em energia 100% renovável em seu portfólio. Segundo a companhia, o projeto está alinhado à estratégia de crescimento e diversificação com a criação de um cluster eólico no Nordeste do país. 

O valor acordado está sujeito a ajustes, inclusive pela variação do capital de giro e dívida líquida do empreendimento. Ele será financiado por meio da capacidade de endividamento adicional do projeto e da AES Brasil. 

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Segundo o Credit Suisse, a aquisição é positiva para a AES Brasil, enquanto o endividamento da companhia ainda não é motivo de preocupação. Em relatório assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano, o banco chegou a uma estimativa de taxa interna de retorno de 10% do projeto adquirido, assumindo como premissas que margem Ebitda poderá ser próxima de 80%, que os preços de longo prazo de energia fiquem em torno de R$ 190/MWh e que o projeto não tenha novo endividamento.

Como os empreendimentos são operacionais, não devem ter impacto significativo no balanço. O banco estima que a relação entre dívida líquida e Ebitda da AES será de 2,9 vezes após a aquisição, ainda abaixo das cláusulas restritivas dos contratos de dívida (covenants) e mantendo espaço para novas aquisições e investimentos.

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