Estados Unidos

Amazon terá 1,9 GW da demanda de data centers atendida por nuclear

Energia nuclear. Crédito Amazon via Redes Sociais
Energia nuclear / Crédito: Amazon via Redes Sociais

A Amazon assinou contrato de compra de energia (PPA) com a empresa Talen Energy Corporation. O acordo, válido até 2042, prevê o fornecimento de 1.920 MW via fonte nuclear para atendimento de data centers da Amazon na Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Em nota, as empresas destacaram ainda a construção de novos pequenos reatores nucleares (SMRs, na sigla em inglês) dentro da área de atuação da Talen na Pensilvânia, com foco em expandir a geração de energia nuclear por meio de aumentos de potência.

O PPA estipula entrega da energia de forma gradual, com previsão de atingir o volume total até 2032.

Para a Talen, o acordo deve reduzir significativamente o seu risco de mercado e minimizará sua dependência do crédito tributário federal para produção nuclear.

“Nosso acordo com a Amazon foi criado para nos proporcionar uma fonte de receita estável e de longo prazo, além de maior flexibilidade no balanço patrimonial por meio de receitas contratadas. Continuamos pioneiros nesse segmento e pretendemos continuar a executar nossa estratégia de data center”, disse o presidente e CEO da Talen, Mac McFarland.

Kevin Miller, vice-presidente de Data Centers Globais da AWS, ressaltou a importância do acordo para a região da Pensilvânia.

“Estamos fazendo o maior investimento do setor privado da história do estado – US$ 20 bilhões – para gerar 1.250 empregos altamente qualificados e benefícios econômicos para o estado, além de colaborar com a Talen Energy para alimentar nossa infraestrutura com energia livre de carbono”, disse em nota.

Acordo nuclear

Em março deste ano, um grupo intersetorial formado por grandes empresas consumidoras de energia assinou compromisso apoiando a meta de pelo menos triplicar a capacidade nuclear global até 2050. O termo foi facilitado por meio da World Nuclear Association. 

O grupo, que inclui Google, Amazon, Meta e Dow, se junta a 14 bancos e instituições financeiras globais, 140 empresas do segmento nuclear e 31 países no apoio à meta.