A Origem Energia anunciou Anderson Bastos como seu novo diretor de Estocagem de Gás, cargo que não existia na empresa. Segundo a Origem, o executivo vai dirigir a unidade de negócio nos campos depletados de Pilar, no Polo Alagoas.
O projeto inicial, com potencial de armazenamento de até 82 milhões de m³ de gás natural, vai utilizar reservatórios depletados para estocar o combustível, prática de domínio técnico da indústria na Europa e Estados Unidos, sendo “pioneiro no mercado brasileiro.
Formado em engenharia de produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bastos tem 30 anos de experiência na área de energia e exerceu posições de liderança em diversas empresas e associações da indústria de Gás Natural, com experiência em gestão societária, regulatória, negociações de contratos e concessões, transações de M&A e relacionamento institucional.
Polo Alagoas
O ativo foi comprado da Petrobras pela Origem por US$ 300 milhões em julho de 2021. Formado pelos campos Anambé, Arapaçu, Furado, Paru e Pilar, o ativo opera com a extração de gás natural, gás liquefeito do Petróleo (GLP) e petróleo. O prazo de concessão teve prorrogação aprovada até 2052 para Furado e Pilar, até 2039 para Arapaçu e Paru e até 2032 para Anambé. Os campos encontram-se em fase de produção.
Conforme informações do site da empresa, 79% da produção do ativo vem do gás natural, via duas bacias com potencial para gás associado (polo Algoas e Tucano Sul). A planta é responsável por abastecer sete térmicas flexíveis, que somam 330 MW.
O último ano do polo
Em março de 2024, a Origem Energia assinou junto à TAG acordo não-vinculante para desenvolvimento do projeto de estocagem de gás natural no campo de Pilar, no polo Alagoas. O projeto possui capacidade inicial de estocagem prevista em 106 milhões de m³/ano de gás natural, podendo chegar no longo prazo a 500 milhões de m³/ano.
Os investimentos estimados do projeto podem alcançar US$ 200 milhões, sendo divididos proporcionalmente à participação de 50% de cada uma das empresas, caso o projeto avance para uma proposta vinculante.
Três meses depois, a Origem Energia informou que o polo Alagoas não poderá produzir óleo e gás natural até que sejam realizadas adaptações em certos programas de segurança operacional, conforme decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP)
Em agosto, a ANP aprovou o retorno operacional da produção de óleo e gás no polo.