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Aneel revoga outorga de 400 MW de solares que não tinham licenças

Usina solar em aterro sanitário Crédito MTR Solar (Divulgação)
Usina solar em aterro sanitário / Crédito: MTR Solar (Divulgação)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revogou a outorga das usinas solares fotovoltaicas Dourado 11 a Dourado 20, com 400 MW de capacidade instalada, que seriam instaladas no município de Petrolândia, Pernambuco.

Os projetos foram autorizados à Amazon Energy, com prazo para entrada em operação em janeiro de 2024, mas as usinas sequer tiverem suas obras iniciadas. A geração das solares seria comercializada integralmente no mercado livre de energia.

Segundo a Aneel, foi constatado que as licenças ambientais não foram totalmente obtidas, não há contratos de venda de energia e nem de fornecimento de equipamentos assinados, e os recursos financeiros oriundos de financiamento não estão disponíveis.

“Ou seja, várias questões necessárias à implantação das usinas não foram equalizadas pelo agente, de modo que não mais se vislumbra a possibilidade de conclusão dos empreendimentos no curto ou médio prazo”, diz trecho da nota técnica do projeto, destacando atrasos em marcos do projeto que superam dois anos.

Adiciona-se como agravante, segundo técnicos da agência, que as usinas dispõem de contrato de uso do sistema de transmissão, caracterizando reserva de margem de escoamento. “Ao deixar de implantar o empreendimento com uso do sistema já contratado, o agente impede que outro empreendimento viável possa ser construído”, reforçou.