A usina nuclear Angra 1 (640 MW) deve iniciar à meia-noite deste sábado, 5 de abril, uma parada com duração prevista de 85 dias. Além de contemplar o reabastecimento de cerca de 1/3 do combustível da unidade e atividades de inspeção e manutenção habituais, durante este desligamento devem ocorrer ações para extensão da vida útil da usina que, em novembro de 2024, recebeu aval para operar por mais 20 anos. Por isso, a parada deve ser mais longa do que o habitual, que geralmente leva 35 dias.
Entre as atividades que fazem parte do Programa de Extensão de Vida de Angra 1, estão manutenção dos transformadores principais de energia elétrica, atualizações tecnológicas nos sistemas de instrumentação, inspeções e melhorias em soldas das tubulações do circuito primário e do reator e testes e manutenções preventivas nos componentes dos circuitos primário e secundário. Segundo a Eletronuclear, que gerencia a planta, as ações visam assegurar a confiabilidade e aprimorar o desempenho operacional da unidade.
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Em função destas atividades, a parada será mais longa que os desligamentos programados habituais, que ocorrem em ciclos de cerca de 14 meses para troca de combustível e realização de manutenções específicas. Segundo a Eletronuclear, as paradas ocorrem de acordo com a durabilidade do combustível e as demandas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
No encerramento do seu 28º ciclo operacional, Angra 1 terá completado 452 dias em operação contínua, sincronizada ao SIN. Em 2024, a unidade atingiu um fator de disponibilidade de 94,72% e um fator de capacidade de 94,60%, registrando a terceira melhor performance anual de geração de sua história, com produção superior a 5,3 milhões MWh de energia elétrica.
