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Antes da venda, Copel avalia comprar fatia de minoritários na Compagas, diz presidente

A estatal paranaense Copel avalia exercer o direito de preferência e comprar a fatia de 24,5% que a Petrobras detém, por meio da Gaspetro, na Companhia Paranaense de Gás (Compagas), disse Daniel Slaviero, presidente da empresa de energia, durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre do ano.

A Copel tem 51% da Compagas. Os 49% restantes são divididos entre Mitsui e Gaspetro. Segundo Slaviero, os termos da operação ainda não são conhecidos, mas a empresa tem a intenção de exercer o direito de preferência e levar a fatia da Gaspetro na distribuidora de gás. Caso a Mitsui também decida desinvestir do ativo, a Copel também avaliará a oportunidade.

A intenção, segundo Slaviero, é valorizar a Compagas para que a distribuidora de gás também possa ser privatizada na sequência.

Hoje, a Copel aguarda uma decisão da agência reguladora do Paraná, a Agepar, a respeito da renovação da concessão da Compagas. “Temos notícia que o governo está concluindo os estudos para o processo e ao longo do primeiro trimestre de 2021 vai publicar as condições para renovação da concessão”, disse. 

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A concessão da Compagas vence em 2024, mas uma lei estadual antecipou o prazo final para janeiro de 2019. Desde então, a distribuidora opera com liminar na Justiça, o que atrapalhou os planos da Copel de privatizar a companhia. Segundo Slaviero, foi encaminhado pelo governo do Paraná um projeto de lei que resolve essa pendência jurídica, permitindo que o processo de renovação da concessão corra normalmente.

Essa será a segunda privatização da Copel. A primeira, concluída no início da semana, foi a venda da Copel Telecom, em um leilão que teve ágio de 70,94% e levantou R$ 2,395 bilhões em bônus para a estatal paranaense de energia. 

A venda da Copel Telecom para o Bordeaux Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiestratégia ainda depende da aprovação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com isso, a conclusão do negógio deve acontecer no fim do primeiro semestre de 2021, de acordo com Slaviero.

Os recursos, quando entrarem em caixa, terão como destino prioritário a ampliação da rede da Copel Distribuição, com investimentos na melhoria do serviço, o que atende o consumidor e também agrega valor à companhia.

“Fora isso, estamos já olhando e vendo oportunidades em brownfield, alguns ativos que estavam no mercado no início do ano e foram retirados por causa da Covid”, disse Slaviero. Segundo ele, a companhia vai prospectar as oportunidades de forma “bastante ativa”, mas sempre com responsabilidade na alocação de capital.

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