Congresso

Aprovação da MP da Eletrobras na Câmara anima investidores

Aprovação da MP da Eletrobras na Câmara anima investidores

O mercado reagiu com otimismo depois que a Câmara aprovou ontem, 19 de maio, a Medida Provisória (MP) 1.031, que trata da privatização da Eletrobras. Apesar de alguns pontos polêmicos do texto terem avançado para o Senado, como a contratação compulsória de 6 GW em termelétricas a gás natural e no mínimo 2 GW em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), as chances de sucesso na operação cada vez maiores animam os investidores na manhã dessa quinta-feira.

“Nós fomos surpreendidos positivamente pelo nível de apoio que a MP recebeu na Câmara, indicando uma grande probabilidade de aprovação no Senado”, escreveram os analistas Fernando Abdalla, Henrique Peretti e Milene Carvalho, do J.P. Morgan. 

Os analistas do Itaú BBA também comemoraram a aprovação da MP, mas ressaltaram que preferiam o texto original da MP enviado pelo governo ao Congresso, sem os chamados “jabutis”. “Apesar disso, vemos a aprovação como extremamente vantajosa para a Eletrobras”, escreveram Marcelo Sá, Matheus Saliba e Luiza Candiota. 

O Itaú BBA tem uma recomendação de compra para as ações da Eletrobras e preço-alvo de R$ 53 por ação, considerando um cenário de 50% de chance da privatização ser bem sucedida. Caso a operação tenha sucesso, a ação pode saltar para R$ 64. No cenário oposto, o preço pode voltar para R$ 29.

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O J.P. Morgan também tem recomendação de compra para a Eletrobras, mas seu preço-alvo, de R$ 40, não considera o cenário da privatização.

Nos últimos doze meses, as ações ordinárias (ELET3) da Eletrobras acumulam ganho de 95,49%, enquanto as preferenciais classe B (ELET6) somam valorização de 80,54%.