Plano de contigência

Argentina prevê verão crítico e elenca importação de energia do Brasil entre medidas

Ação busca evitar cortes durante os horários de pico

Linha de transmissão / Crédito: Ricardo Botelho - MME
Linha de transmissão / Crédito: Ricardo Botelho - MME

O Ministério da Economia da Argentina comunicou nesta quinta-feira, 26 de setembro, uma série de medidas para evitar cortes de energia durante os horários de pico do verão 2025, entre dezembro e fevereiro.

Entre elas, o governo estuda a importação de energia e potência do Brasil em dias críticos; a gestão com o Paraguai para aumentar a importação da usina hidrelétrica de Yacyretá e o desenho de um mecanismo de incentivo à disponibilidade de geradores térmicos.

O governo ainda estuda a disponibilização de quatro transformadores de reserva, a definição de um mecanismo voluntário por distribuidoras e a programação de um plano de contingência.

“Devido à situação crítica, o governo no início de sua gestão declarou a emergência do setor energético nacional em todos os seus segmentos: geração, transporte e distribuição. Além disso, teremos no verão a paralisação técnica da Central Nuclear Atucha I, a atual situação hidrológica do Brasil e as extensas ondas de calor que devem exigir 30.700 MW, superando assim o pico histórico de 29.653 MW em fevereiro deste ano. O governo está trabalhando de forma planejada, três meses antes do verão, para tomar as medidas necessárias para evitar cortes de energia nas residências”, destacou a pasta.

O plano de emergência

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Em entrevista à Rádio Mitre nesta semana, Eduardo Rodríguez Chirillo, secretário de Energia da Argentina, disse que o governo pode implementar em um cenário crítico um mecanismo prevendo a redução de energia pelas empresas em horários de pico, com foco em manter o suprimento energéticos das residências.

Para isto, o governo tem desenhado um plano de contingência prevendo compensações econômicas para as empresas que optarem por reduzir a sua capacidade de contratação de energia eléctrica.

“O objetivo é que as grandes indústrias consigam organizar a sua produção para não usarem energia em momentos críticos, e receberão remuneração por isso”, disse Chirillo.

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