A Auren Energia se prepara para participar dos leilões de transmissão e de contratação de reserva de capacidade previstos para 2023. Segundo Fabio Zanfelice, presidente da companhia, se o edital do leilão de capacidade permitir a participação de hidrelétricas, a empresa vai avaliar a oportunidade.
“Sempre temos interesse, dentro do razoável e do preço final do leilão, em colocar Porto Primavera, porque temos espaço para mais quatro máquinas, com 440 MW”, disse Zanfelice, durante teleconferência sobre os resultados da Auren no primeiro trimestre do ano, se referindo à hidrelétrica que tem 1.540 MW de potência, com a possibilidade de expansão para 1.980 MW.
Segundo o executivo, sempre que a geração hidrelétrica tiver oportunidade em leilões, a companhia vai avaliar a possibilidade de inscrever seus ativos.
Em relação ao leilão de transmissão, Zanfelice disse que as condições são “favoráveis e alinhadas com as expectativas de retorno”, mas os cálculos e planos ainda precisam ser apresentados ao conselho de administração. “Nosso time tem trabalhado bastante para estudar as oportunidades, aprofundado os estudos dos lotes”, disse.
A Auren também considera entrar em parcerias no certame, mas ainda não tem nada definido até o momento, segundo o executivo.
Previsto para 30 de junho, o certame deve envolver R$ 16 milhões em investimentos, divididos em note lotes, que correspondem a 26 novas linhas de transmissão.
Os executivos da Auren também falaram sobre os preços médios de venda de energia no curto prazo, que estão entre R$ 200/MWh e R$ 210/MWh, por conta dos contratos de longo prazo firmados diretamente com consumidores finais.
A companhia informou ontem à noite, 4 de maio, que teve lucro líquido de R$ 230 milhões no primeiro trimestre deste ano, ante um prejuízo de R$ 5,5 milhões registrado nos primeiros três meses de 2022.
A receita líquida da companhia cresceu 2,2%, a R$ 1,4 bilhão, e o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 49,5%, a R$ 451,9 milhões.
A geração hidrelétrica cresceu 17,5% no período, por conta das condições favoráveis das afluências nos reservatórios das usinas, enquanto a geração eólica cresceu 18%, também por conta de ventos mais favoráveis.