A Azevedo & Travassos (A&T) assinou carta de intenção, com efeito vinculante, com a Equinor Energy do Brasil para a construção de um gasoduto onshore e das instalações de recebimento de gás natural produzido no chamado projeto Raia, localizado no pré-sal da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. O acordo foi celebrado em nome da parceria Raia, formada pela Equinor 35% (operadora), Repsol Sinopec Brasil 35% e Petrobras 30%.
O contrato possui valor estimado de R$ 500 milhões e prazo de execução de aproximadamente 46 meses. De acordo com a A&T, o escopo do trabalho será executado em Macaé, no Rio de Janeiro, e divido em três partes que englobam as modalidades de engenharia, fornecimento de equipamentos e materiais, construção, instalação e comissionamento.
Parceria Raia
A parceria da Equinor com as outras empresas engloba o desenvolvimento de dois campos no bloco BM-C-33, situada no pré-sal da Bacia de Campos, aproximadamente a 200 km da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de até 2.900 m. O projeto de desenvolvimento dos campos baseia-se na produção de poços conectados a uma plataforma do tipo FPSO com capacidade para processar 126 mil bpd e a capacidade de produção e escoamento será de 16 milhões de m 3 de gás por dia, com vazão média de escoamento de gás natural de 14 milhões de m 3 de gás por dia.
Em setembro, a Equinor submeteu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as declarações de comercialidade das acumulações de petróleo localizadas na área da Concessão BM-C-33.
“Os desenvolvimentos têm a capacidade de atender a 15% da demanda total de gás do Brasil quando estiverem em produção. Isso vai contribuir com a segurança energética e o desenvolvimento econômico no país, possibilitando novas oportunidades de emprego localmente”, afirmou Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.
No mesmo período, a Petrobras afirmou que será necessário a construção de um gasoduto submarino – que se conectará a uma infraestrutura de recebimento localizada no Terminal de Cabiúnas (TECAB) à malha de transporte de gás, para levar o gás produzido a cerca de 200 km da costa a malha nacional de transporte de gás.
Segundo a Equinor, o desenvolvimento dos campos da área, chamados de Raia Manta e Raia Pintada, será o primeiro projeto no Brasil a tratar gás offshore, conectando-se à rede nacional sem a necessidade de processamento adicional em terra.
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