Empresas

BR vê Targus como possível veículo para mercado livre de gás

A BR Distribuidora estuda utilizar a Targus Energia como veículo de investimentos no mercado livre de gás natural, que deverá se desenvolver no âmbito do processo de abertura do mercado do insumo energético em curso no país. A distribuidora de combustíveis, que anunciou na quinta-feira, 25 de novembro, a aquisição de 70% da comercializadora de energia, porém, considera que o assunto ainda está em estágio inicial.

“O nível de maturidade [do mercado] para comercialização de gás ainda é muito incipiente. Na verdade, ele ainda não é possível, mas queremos estar próximos do cliente, para entender seu padrão de consumo. E a Targus é uma plataforma importante para nos habilitar a atuar de forma mais ágil, mais dinâmica, nesse mercado, tão logo ele seja uma oportunidade real”, afirmou o diretor executivo de comercial B2B da companhia, Marcelo Cruz.

Segundo Cruz, atuar no futuro mercado livre de gás natural por meio da Targus é uma opção que está sendo avaliada internamente, como forma de oferecer mais um produto aos clientes da companhia.

De acordo com o anúncio feito ontem, a BR assinou acordo para a compra de 70% da Targus Energia. O negócio envolve o desembolso de R$ 62,1 milhões ao longo dos próximos quatro anos e prevê ainda o pagamento de compensações e a opção de compra e venda dos 30% remanescentes na empresa. A expectativa, segundo Cruz, é que a operação seja concluído em até 60 dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

A aquisição da Targus, que possui cerca de 200 unidades consumidoras em sua carteira, tendo negociado cerca de 3,9 mil gigawatts-hora (GWh) em 2019, com faturamento próximo a R$ 900 milhões naquele ano, marca a entrada da BR Distribuidora no mercado livre de energia brasileiro.

Segundo Cruz, o negócio consolida a posição da BR Distribuidora como uma plataforma de venda multiprodutos de energia, sendo uma opção para o cliente para entregar energia na forma que ele escolher.

O executivo destacou ainda que a operação tem um ganho de sinergia, já que a BR pode passar a fornecer energia para clientes de sua carteira. Da mesma forma, a companhia pode utilizar o suprimento de energia como meio de acesso a novos clientes, que podem passar a adquirir outros produtos da companhia, em um segundo momento.

Para Heloy Rudge, diretor financeiro e sócio da Targus, a entrada da BR na capital da comercializadora também tem um valor estratégico importante para a comercializadora. Segundo ele, a operação possibilitará a companhia oferecer a clientes da BR energia elétrica e gestão de energia, além de ampliar a robustez financeira da comercializadora.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.