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Brasil possui déficit na capacidade de projetos estruturados de hidrogênio verde, diz A&M

A grande demanda de projetos de hidrogênio verde para entender o mercado em relação ao consumo e preços, numa perspectiva de planejamento estratégico, não reflete no interesse para projetos específicos, com apenas um estudo de viabilidade no país. Segundo o sócio-diretor da A&M Infra, Filipe Bonaldo, é urgente a criação de um arcabouço regulatório sobre hidrogênio verde no Brasil, uma vez que “não há segurança para pensar num investimento real”.

Brasil possui déficit na capacidade de projetos estruturados de hidrogênio verde, diz A&M

A grande demanda de projetos de hidrogênio verde para entender o mercado em relação ao consumo e preços, numa perspectiva de planejamento estratégico, não reflete no interesse para projetos específicos, com apenas um estudo de viabilidade no país. Segundo o sócio-diretor da A&M Infra, Filipe Bonaldo, é urgente a criação de um arcabouço regulatório sobre hidrogênio verde no Brasil, uma vez que “não há segurança para pensar num investimento real”.

Estudo da A&M Infra mostra que para que os países cumpram as metas de descarbonização já anunciadas, haverá uma demanda de cerca de 90 milhões de toneladas de hidrogênio verde por volta de 2030.

“E a capacidade de produção de todos os países que já divulgaram projetos está chegando a 50 milhões de toneladas. Há um déficit enorme”, avaliou Bonaldo, complementando que neste cenário, o Brasil teria apenas 10 mil toneladas em projetos estruturados.

Num contexto de falta de regulação, o sócio-diretor da A&M diz que o Brasil está ficando fora do radar de investidores globais. “Participei de alguns eventos globais de 2022 para cá e não se fala do Brasil quando se fala de América do Sul”, observou.

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Por outro lado, Filipe Bonaldo aponta que o Chile é frequentemente visto como possibilidade de investimento na região por ter uma regulação mais avançada sobre hidrogênio verde. “O Chile tem uma política muito interessante, inclusive com ambição de ser o maior exportador de hidrogênio do mundo”.

Ele reconhece que o hidrogênio verde é uma tecnologia nova e, por isso, ainda há avanços a serem feitos em relação a questões como desenvolvimento tecnológico e normas da indústria, além do consenso sobre que tipo de hidrogênio de fato garantirá prêmio.

Mesmo assim, para ele, o Brasil poderia acelerar assuntos como questões tributárias, linhas de crédito e incentivos. “É uma tecnologia nova, mas que já vem sendo discutida há cerca de dois ou três anos. Já dava para o Brasil ter evoluído bem”, avalia.

A A&M Infra é braço da A&M (antiga Alvarez & Marsal) para infraestrutura, com projetos que respondem por cerca de metade dos negócios do grupo no Brasil.