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Cade aprova acordo de autoprodução eólica entre Comporte e Electra

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O conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição, pela Comporte Participações, do controle indireto de cinco usinas eólicas detidas pela Illian Energias Renováveis, controlada da Intrepid Investimentos e que faz parte do grupo Electra Energia. A operação foi anunciada no início de maio pelas empresas.

O acordo envolvente as eólicas Vitória I a V, somando 122 MW, localizadas no Rio Grande do Sul, no município de Santa Vitória do Palmar. Não operacionais, a energia gerada será utilizada a partir de 2027 para o abastecimento de linhas de metrô e trem de São Paulo e Belo Horizonte operadas pela Comporte, por meio de concessões públicas.

Segundo as empresas, quando estiverem totalmente operacionais, as linhas demandarão cerca de 52 MW médios. “Este é um passo importante que coloca o grupo Comporte, de forma definitiva, nos trilhos da energia renovável no Brasil”, disse Henrique Constantino, presidente do grupo Comporte, no anúncio da parceria.

Para Claudio Fabiano Alves, presidente do grupo Electra, a parceria marca o início de uma fase importante de conexão entre energia e o setor de transporte, além de consolidar a atuação do grupo no desenvolvimento de projetos de autoprodução.

Segundo o Cade, a aquisição do controle societário indireto será realizada por meio do aporte, pela Illian, da totalidade das ações de emissão das usinas, de modo que a empresa continuará a ser titular de 100% das ações. Posteriormente, as ações emitidas serão subscritas e integralizadas pela Comporte.

Os negócios da Electra

O grupo Electra comprou a Enliv Energia, startup focada em clientes de geração distribuída (GD) em baixa tensão. O negócio é a segunda investida do grupo em poucos meses apenas em 2025, quando também comprou 13 usinas da Copel, e marca sua expansão em GD.

Em 2024, por meio de uma parceria com a Acelen, dona da Refinaria de Mataripe, e a Perfin, iniciou o desenvolvimento de um projeto de geração solar fotovoltaica de 161 MW na Bahia.

O projeto será enquadrado em autoprodução, e o acordo foi visto como sinal de maturidade da Illian Energias Renováveis, subsidiária do grupo Electra. A usina será voltada para consumo próprio da Acelen.