
A Cemig ainda mitiga os efeitos de negócios com a Gold Energia, comercializadora que precisou renegociar contratos diante da volatilidade dos preços de energia. A companhia mineira já reduziu seus déficits no curto prazo (2025 e 2026) e trabalha para mitigar o efeito no balanço energético para 2027 e 2028.
Em março de 2025, por exemplo, os déficits eram de 120 MW médios para 2025 e 126 MW médios para 2025 e 2026, valores que, ao fim de junho, já tinham caído para 31 MW médios e 72 MW médios. Entretanto, para 2027 e 2028 o déficit energético aumentou de 113 MW médios para 130 MW médios (2027) e de 131 MW médios para 233 MW médios (2028).
“Essa exposição short ainda é um efeito da Gold, da contraparte com que a gente estava contratado. Por não ter energia entregue, a gente tem que comprar energia e se expor um pouco mais, mas a gente está, cada vez mais, olhando para frente e fechando as nossas posições”, explicou o vice-presidente de Comercialização da Cemig, Sergio Lopes Cabral.
A companhia realizou sua teleconferência com investidores sobre os resultados do segundo trimestre de 2025 nesta segunda-feira, 18 de agosto. No período, a empresa teve em seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) efeitos negativos de R$ 76,14 milhões em função de diferenças de submercados.
A empresa avalia, entretanto, que com a revisão de critérios do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e maior intercâmbio, o valor de diferenças entre submercados “tende a zero”, disse o presidente da companhia, Reynaldo Passanezi Filho.
Resultados
No segundo trimestre de 2025, a Cemig registrou lucro de R$ 1,19 bilhão, com retração de 29,7% na comparação anual. O Ebitda foi de R$ 2 bilhões, uma redução de 15,3% em um ano. O Ebitda ajustado, entretanto, teve aumento de 15,4% no período, encerrando junho de 2025 a R$ 2,2 bilhões. Veja mais sobre os resultados da empresa no trimestre aqui.