A venda da participação da Cemig na Taesa deve gerar um ganho de capital de cerca de R$ 1,2 bilhão para a estatal mineira, segundo o Bank of America.
Em relatório enviado a clientes, os analistas Arthur Pereira, Murilo Freiberger e Gustavo Faria escreveram que a venda da participação de 22% pode ainda ser eficiente do ponto de vista tributário, já que a venda da Light, em fevereiro deste ano, gerou R$ 300 milhões em créditos fiscais.
Com base em retornos em transações recentes, o Bank of America estima que um potencial comprador da participação poderá pagar R$ 43 por unit da Taesa, um prêmio de cerca de 5% em relação ao preço de mercado.
Outro cenário envolve a colombiana ISA, que controla a Taesa com a Cemig, comprando a participação da estatal mineira. Os analistas apontam que não está claro se a ISA teria que estender a oferta aos acionistas minoritários da companhia.
O Bank of America atualizou ainda as projeções para empresas de transmissão, a fim de incorporar a aceleração do IGP-M, acumulado em 31% nos últimos 12 meses, planos de investimentos, e os resultados de 2020.
A recomendação para Taesa e Cteep continua neutra, mas o banco elevou o preço-alvo da Taesa de R$ 35 para R$ 38 por unit. O preço-alvo de Cteep continua em R$ 29 por ação.