A Cemig reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,27 bilhão no primeiro trimestre de 2023, alta de 5,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa com atuação em diversos segmentos, reportou queda de 4% do lucro IFRS de R$ 1,39 bilhão.
A empresa atribui ao aumento do lucro o crescimento no resultado de comercialização, em virtude do que chamou de estratégia diferenciada, com maior margem e maior de energia comercializada pela Cemig GT.
Além disso, destaca o aumento de 3,1% na energia distribuída pela Cemig D, principalmente para os segmentos de transporte (alta de 6,5%), residencial (alta de 5%) e industrial (alta de 2,9%).
Em março de 2023, foram faturados 9,07 milhões de consumidores, aumento de 1,8% em relação a março de 2022. Desse total, 2.663 são clientes livres que utilizam a rede de distribuição.
No mercado de energia consolidado do grupo foi faturado, aproximadamente, 9,1 milhões de clientes em março de 2023, com crescimento de 164 mil clientes, o que equivale a um aumento de 1,8% na base em relação a março de 2022. Deste total, 9.072.744 são consumidores finais e de consumo próprio e 572 são outros agentes do setor elétrico brasileiro.
Outro ponto destacado para o resultado consolidado da empresa foi o crescimento no lucro da Gasmig de 75% frente ao 1T22. No entanto, o volume de gás vendido no 1T23 caiu 2,5% quando comparado ao 1T22 (-10% quando considerado o volume do mercado livre), impactado pelo consumo zero do mercado térmico no 1T23, enquanto o consumo comercial caiu 6,5% e o industrial subiu 17,4% (alta de quase 5,8% se somado ao mercado livre) em relação ao 1T22. Quando considerado apenas o mercado não térmico, o crescimento foi de 14% (incluindo o mercado livre: +4%).
Em seus resultados, a companhia ainda apontou os desinvestimentos alinhados ao seu planejamento estratégico, com a alienação da participação na UHE Santo Antônio, que gerou um efeito positivo de R$55,4 milhões no Ebitda, sendo R$ 30,5 milhões.
A receita líquida consolidada alcançou 8,64 bilhões, impactada, principalmente, pela atuação do segmento de distribuição, de 5,37 bilhões.
O Ebita ajustado (lucro antes de impostos, juros e depreciação) alcançou R$ 2,073 bilhões, alta de 8,1%, enquanto o IFRS registrou aumento de 12,8%, para R$ 2,16 bilhões no primeiro trimestre de 2023.
Os custos e despesas operacionais foram de R$ 6,94 bilhões no 1T23 e de R$6,4 bilhões no 1T22, em função, principalmente, do aumento de R$ 341 milhões no custo com energia comprada, aumento de 9% na despesa com gás comprado para revenda, crescimento no custo de construção de R$212 milhões e do registro de perda por redução ao valor recuperável de R$46,1 milhões de usinas colocadas em processo de alienação.