A estatal mineira Cemig obteve lucro líquido de R$ 422,4 milhões no primeiro trimestre do ano, revertendo o prejuízo de R$ 68,1 milhões registrado nos primeiros três meses de 2020.
No primeiro trimestre do ano passado, a Cemig tinha registrado uma baixa contábil de R$ 609,1 milhões diante da redução do valor recuperável de ativos para venda, devido ao ajuste do valor de mercado da Light. Neste ano, por sua vez, a companhia registrou o ganho de R$ 108,5 milhões no trimestre com a alienação de ativo mantido para venda, devido à saída definitiva do capital da Light, realizada em fevereiro.
A receita líquida da companhia subiu 17,7%, para R$ 7,111 bilhões. As vendas de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) subiram 21,9%, para R$ 107 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia subiu 133,3%, para R$ 1,84 bilhão. Ajustado para itens não recorrentes, o Ebitda subiu 22,9%, para R$ 1,6 bilhão.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,265 bilhão, acima do resultado negativo de R$ 726,7 milhões do primeiro trimestre do ano passado. Isso aconteceu devido à valorização do dólar ante o real no período, e das despesas causadas pela variação cambial na dívida em Eurobonds.
Vendas de energia
A energia total vendida no trimestre pela Cemig, excluindo CCEE, caiu 1,7% no trimestre, para 13.240 GWh. As vendas de energia para consumidores finais e consumo próprio somaram 10.524 GWh, aumento de 2,7%.
Na Cemig Distribuição, no qual a companhia vende energia para clientes regulados e também ganha pelo transporte para clientes livres e distribuidoras, a demanda subiu 3,3% no trimestre, para 11.578 GWh. No mercado cativo, houve queda de 1,7%, mas no mercado livre houve aumento de 9,7%.
Já a energia faturada pela Cemig GT, excluindo CCEE, somou 7.125 GWh no trimestre, queda de 1,7% no trimestre, devido à baixa de 10,8% na energia vendida para clientes comerciais, e a retração de 15,6% na energia vendida para comercializadoras e no mercado livre. As vendas para clientes industriais subiram 17,4%.
Distribuidora
Os indicadores de qualidade da Cemig D tiveram desempenho misto em relação aos resultados atingidos em 2020.
O DEC, que mede a duração das interrupções no fornecimento, caiu de 9,57 horas em 2020 para 9,55 horas em 2021, abaixo da meta regulatória de 10,08 horas.
O FEC, que mede a frequência das interrupções, subiu de 4,86 vezes para 4,98 vezes, mas ainda continua abaixo da meta regulatória, de 6,56 vezes.