A Cesp obteve prejuízo líquido de R$ 58,5 milhões, aumento considerável em relação ao prejuízo obtido um ano antes, de R$ 7,9 bilhões.
O prejuízo refletiu, entre outros fatores, o resultado financeiro negativo em R$ 181,6 milhões, aumento de 34% na comparação anual. Além disso, a companhia reconheceu uma despesa de R$ 23 milhões no trimestre pela baixa de depósitos judicias levantados pelas contrapartes sem reconhecimento no resultado à época, identificados no processo de conciliação dos depósitos judiciais.
A receita operacional líquida subiu 14% no período, para R$ 470,5 milhões, refletindo principalmente a sazonalização da energia vendida e o início das operações de trading pela Cesp Comercializadora. Os custos e despesas, contudo, subiram 17%, para R$ 337 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 228,9 milhões, aumento de 2% na base anual.
A dívida líquida, ao fim do trimestre, era de R$ 1,22 bilhão, queda de 8% na comparação anual. A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 2,3 vezes no terceiro trimestre de 2019 para 0,9 vez neste ano.
Durante o trimestre, a Cesp emitiu R$ 1,5 bilhão em debêntures de infraestrutura a taxa de IPCA mais 4,3% e prazo de 10 anos, recursos que foram usados para quitar antecipadamente parte das debêntures emitidas em 2018 logo depois da privatização para pagar a outorga da hidrelétrica de Porto Primavera.
A companhia gerou R$ 150 milhões de fluxo de caixa operacional no trimestre após o serviço da dívida, o que representa índice de conversão de caixa de 64%.