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Chinesa Goldwind está em negociação avançada para instalar fábrica no Nordeste

A fabricante de aerogeradores chinesa Goldwind está em fase final de negociação da instalação de uma fábrica no Nordeste brasileiro, onde pretende produzir máquinas de 6 MW a 7,8 MW, com entrega das primeiras máquinas prevista para 2024.

Chinesa Goldwind está em negociação avançada para instalar fábrica no Nordeste

A fabricante de aerogeradores chinesa Goldwind está em fase final de negociação da instalação de uma fábrica no Nordeste brasileiro, onde pretende produzir máquinas de 6 MW a 7,8 MW, com entrega das primeiras máquinas prevista para 2024. 

A informação é de Roberto Veiga, diretor da Goldwind no Brasil, que participou de um painel do Brazil Windpower, evento organizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Canal Energia e o Global Wind  Energy Council (GWEC).

Segundo Veiga, a planta será no Nordeste, mas a companhia ainda negocia com os governos do Ceará, Pernambuco e Bahia a possibilidade de benefícios que seus concorrentes instalados na região contam. “Nessa época de eleição, isso está um pouco parado, acreditamos que passando esse momento vamos ter a definição, mas estamos com negociações adiantadas”, disse.

Os estados são os preferidos pela proximidade com os parques eólicos e também com fornecedores da cadeia, como a Aeris no Ceará, a L&M em Pernambuco, e a chinesa Sinoma, que está se instalando na Bahia no local onde ficava a fábrica da Tecsis.

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Na fábrica, a Goldwind pretende fabricar uma nova turbina que tem 20% a mais de potência, com 20% menos peso. A tecnologia vem sendo estudada pela chinesa desde 2007, com o intuito de reduzir a participação de commodities entre os componentes, aumentando a previsibilidade de custo. As máquinas poderão ser fábricadas para torres de aço ou de concreto, com rotores de até 175 metros.

“Vamos começar a ofertar a turbina ao mercado em meados de 2023”, disse Veiga. As entregas devem começar em 2024, enquadrando as máquinas nas regras de conteúdo local, que as enquadra para financiamento de bancos de fomento, como BNDES e BNB.

A companhia atua no Brasil desde 2016, quando chegou a negociar a aquisição das unidades de produção da antiga Impsa. Hoje, a Goldwind herdou alguns contratos de manutenção da Impsa, fez retrofit em máquinas, e também têm importado aerogeradores para projetos no país, mas os custos elevados disso, e o não acesso ao financiamento do BNDES, motivaram a decisão de investir numa unidade de produção própria.

“Hoje, somos o segundo maior do mundo em fabricação de turbinas, com 50 mil, e a ideia é manter a hegemonia também no Brasil, mas sabemos que isso leva tempo, precisa de confiança e de um trabalho bem feito”, explicou.

A ideia da Goldwind é começar a produção atendendo o mercado nacional e, se houver espaço, atender também importações na Costa Leste da América. A Costa Oeste continuará sendo atendida por importações da China.

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